sábado, 3 de outubro de 2009

Origem da Obesidade

No passado longínquo a comida era rara e o homem pré-histórico gastava muita energia para consegui-la. Havia uma grande atividade física constante, ou no sentido do homem fugir de algum animal maior que o quisesse como refeição ou correr atraz de algum animal menor para comer. Eram tempos de escassez. Havia então um instinto de comer tudo que estivesse ao alcance para fazer reservas energéticas pois não se sabia quando seria a próxima refeição.

Com o passar do tempo o homem desenvolveu a inteligência e dominou o planeta. Aprendeu a plantar, pastorear , enfim a ter comida em abundância e acima de tudo sem precisar correr atraz de alimento. Alias nem fugir de outros animais, pois o homem deixou de ter predador . Nesse momento, talvez no século passado, o homem conheceu a abundância e a falta de predador. Com certeza nenhuma outra espécie viva nesse planeta conquistou esse duplo previlégio.

Aparentemente trata-se de um progresso da espécie, mas na verdade foi o inicio de uma nova Era. A “Era do sedentarismo e da comilança desregrada”. Em outras palavras submetemos o nosso corpo a um estilo de vida para o qual ele não foi feito. Estamos nos desviando das orientações do nosso “Manual de Manutenção” e pior, muito rapidamente, sem dar tempo a Mãe Natureza de fazer os ajustes lentos e graduais que a evolução das espécies requer.

Ao descobrir o fogo o homem aprendeu que esquentando a comida ela fica mais saborosa e de mais fácil digestão. Assim , nesse momento começamos a retirar as fibras dos alimentos. Chamamos isso de “digestão externa”. Aprendemos também a refinar industrialmente o trigo e o açúcar deixando-os sem fibras também. Dessa forma a comida passou a não ter fibras.

As moradias atuais são pequenas devido a intensa migração urbana dos últimos séculos e por isso as cozinhas não comportam grandes quantidades de frutas e verduras para fornecer 2.000 calorias por pessoa por dia as custas de frutas, verduras ou legumes. Foi necessário encontrar uma alternativa mais prática para alimentar as pessoas. Surgiram as comidas de baixo volume, hipercalóricas e não perecíveis (tradução : amido e açucar sem fibras) como pão, bolacha, chocolate, etc.

Esse tipo de comida não causa saciedade porque não distende o estomago e por isso esse tipo de comida induz a comer sem parar.

Esse tipo de comida moderna é de facílima digestão e por isso quase toda realizada no duodeno. Dessa forma quase toda a comida será absorvida para o sangue no duodeno e no inicio do jejuno. Assim não haverá resíduo alimentar chegando ao íleo terminal e com isso não haverá estímulo para produção de hormônios como GLP1, PYY e Oxintomodulina. Esses hormônios são responsáveis pelo “grito intestinal” que avisa o cérebro para parar de comer. Em outras palavras a comida moderna é tão facilmente absorvida que a grande parte do intestino não vê comida. É uma pena porque dessa forma o intestino acha que a pessoa não comeu e não manda o cérebro parar de comer, e dessa forma a pessoa continua comendo sem parar, ou seja de forma insaciável.

Assim então entendemos porque o progresso intelectual humano induz a obesidade pois come-se muito e gasta-se pouca energia, ou seja assim como uma conta bancaria onde estoca-se muita energia e gasta-se pouca energia, o resultado será uma conta bancaria bem gorda.


Listo a seguir os 6 mandamentos da Obesidade Moderna:


Sedentarismo por sermos o topo da cadeia alimentar (não temos predador) e logo não precisamos fugir de ninguém

Sedentarismo por termos abundância de alimentos. (Todas as outras espécies vivas vivem na escassez de alimentos e por isso precisam correr muito atraz de comida)

Sedentarismo por ficamos trancados em casa com medo da violência urbana.

Sedentarismo porque a tecnologia permite resolvermos tudo em casa pela Internet, pelos Deliverys, etc.

Comemos comidas hipercalóricas de baixo volume que não causam saciedade pois não distendem o estomago e assim o homem come e continua “bem disposto” a continuar a comer por tempo indeterminado.

Comemos comidas hipercalóricas de facílima absorção no duodeno e jejuno altos logo o “intestino passa fome“ e por isso não existe o grito do intestino avisando o cérebro para parar de comer. E assim o individuo continua com fome mesmo depois de comer muito.


Resumo
Em resumo o Mundo Moderno induz a obesidade. O homem do futuro será um grande obeso. A mesma tecnologia que é capaz de esticar a sobrevida graças a transplantes e vacinas será a grande culpada pela diminuição da sobrevida graças as complicações decorrentes da obesidade extrema.

É necessário que tenhamos consciência desse fenômeno e que lutemos contra essa correnteza mudando nossos hábitos alimentares e físicos imediatamente

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A Obesidade é a doença crônica mais comum no mundo Ocidental.

A causa é mista: genética, psíquica e comportamental.

Existem alterações em alguns genes que comandam a sensação de fome e saciedade.
Acredita-se que exista uma alteração genética que cause a obesidade.

Também sabemos que todo obeso tem uma alteração psíquica que o induz a superalimentação de forma compulsiva. Todo paciente obeso tem perfil compulsivo.

Criamos nossos filhos com medo de que freqüentem as ruas por seqüestros, atropelamentos, etc., e, desde cedo as crianças são acostumadas a ter prazer sentadas no sofá assistindo TV, jogando videogames ou brincando no computador.
Assim as crianças estão sendo estimuladas a levarem uma vida totalmente sedentária.

Outro erro familiar ocorre quando adultos comem e, geralmente alimentos inadequados, na frente das crianças, sugestionando-as a fazerem o mesmo.
Não é mais prático oferecer a criança um fast food do que uma refeição? Seus filhos não gostam do McDonalds?

Somos vítimas do marketing promovido pelas fábricas de guloseimas, onde embalagens coloridas e propagandas tentadoras nos induzem a compulsão. Sempre caímos, também, na armadilha dos crocantes: Você consegue parar de comer batatas fritas Pringles ou chocolates Bis enquanto houver unidades à vista?

A conseqüência da ingestão de calorias ser maior do que o gasto é a Obesidade.
Por esses motivos dizemos que “O Mundo está engordando” a largos passos.
Nos Estados Unidos 50% da população é obesa e, 25% das crianças são obesas.
O país está passando por um mutirão de emagrecimento nacional chamado Shape up América, numa tentativa de controlar essa Epidemia que não respeita raça, idade, sexo ou classe social.

Até os países muito pobres também estão tendo problemas de obesidade, pois o excesso de carboidrato, que é o alimento mais barato do mundo atualmente, engorda e muito.

Concluindo, entendemos que a origem da obesidade tem sua porção genética e psicológica que independe de nossa vontade, mas também tem a parte comportamental onde o erro é de nossa responsabilidade: má orientação alimentar familiar e falta de atividade física.

Classificação
A classificação dos obesos é feita baseada no Índice de Massa Corporal (IMC).
Esse cálculo matemático é feito dividindo-se o peso do paciente (em quilos) pelo quadrado da sua altura (em metros). Por exemplo: Um paciente que pese 132 Kg e tenha 1,77 m de altura terá um IMC de: 132 / (1,77)2 = 42,13 Kg/m2.
Uma pessoa IMC até 25 é considerada normal. Com o IMC acima desse valor a pessoa é considerada obesa.

Obviamente esse critério tem significado para pessoas musculosas, onde o excesso de peso é constituído de proteínas musculares. Por esse motivo o IMC não é muito fidedigno.
Existe um método muito preciso para avaliar a percentagem exata de água , gordura e massa sem gordura. É a bioimpedância. Entende-se que perder peso é interessante quando essa perda for às custas de gordura. Os “diuréticos, laxantes e a sauna” diminuem o IMC porque diminuem a quantidade de água do organismo, mas não diminuem a percentagem de gordura pela bioimpedância. Logo, esses recursos não auxiliam, verdadeiramente, nenhuma dieta.

Um paciente com IMC entre 25 e 30 é classificado como indivíduo com excesso de peso.
Já o paciente com IMC entre 30 e 35 é classificado como Obeso Tipo I.
Um IMC entre 35 e 40 situa o Obeso Tipo II.
Quando o IMC ultrapassa 40 classificamos o paciente como Obeso Mórbido.

Nos Estados Unidos existem 4 milhões de pessoas com obesidade mórbida, e no Brasil existe 1milhão de obesos mórbidos.

Quanto ao tipo de distribuição da gordura podemos classificar o obeso em:

a) Maçã (Andróide ou Tipo Masculino) A gordura fica centralizada no abdômen.
Esse tipo de obeso tem maior risco de vida

b) Pêra (Ginecóide ou Tipo Feminino) A gordura fica predominante no quadril.
Esse tipo de obeso tem mais dificuldade em se locomover



Conseqüências


A Obesidade é causadora direta de várias outras doenças chamadas Comorbidades.

As Comorbidades mais freqüentes são: Hipertensão Arterial, Diabetes Tipo II, Coronariopatias (angina e infarto cardíaco), Insuficiência Cardíaca, Artropatias (principalmente por sobrecarga de peso nos joelhos), Psicopatias, Apnéia do sono (parada respiratória fatal durante o sono), Esofagite de Refluxo, Hipercolesterolemia (aumento do colesterol), e outras.

Acredita-se que essas doenças tenham tanta relação com a obesidade que mesmo em pacientes pouco obesos o tratamento delas passa obrigatoriamente por uma perda máxima de peso.
Sabe-se que 90% dos obesos tem pelo menos 1 comorbidade e que 30% deles tem 3 ou mais comorbidades.

A diabete tipo II antigamente era típica de adultos obesos, agora, surge também em crianças.
Acredita-se que a causa dessa mudança seja o excesso de peso infantil.
Hoje se sabe que a diabete tipo II é causada pelo excesso de peso. O paciente que é “diabético tipo II” tem tanto prejuízo em tantos órgãos que seria injusto observarmos pacificamente a obesidade nesse grupo.
A orientação atual é: Caso o paciente não apresente resposta rápida e adequada ao tratamento clínico deve ser induzido ao tratamento cirúrgico, mesmo com Índice de Massa Corporal abaixo de 35. Essa conduta pode reduzir em muito a mortalidade dos pacientes diabéticos do tipo II obesos.
Alguns especialistas até dizem que “O tratamento do diabético tipo II obeso é cirúrgico”.
Um famoso trabalho sueco acompanhou pacientes diabético tipo II obesos por 8 anos após a cirurgia e concluiu que a melhora foi grande logo após a cirurgia e que essa melhora persistiu por todo o período estudado (os 8 anos).

A hipertensão arterial ocorre freqüentemente no obeso. Estima-se que 75% dos hipertensos são obesos. Esse alto grau de correlação sugere, fortemente, que a obesidade seja uma grande causadora de hipertensão arterial. Dessa forma, o melhor tratamento para o obeso hipertenso é emagrecer.

O infarto cardíaco nas mulheres está muito relacionado à obesidade . A maioria das mulheres que enfartam são obesas.

Os distúrbios de sono do obeso causam acidentes de automóveis com freqüência 7 vezes maior que entre motoristas não obesos.

Existe também uma correlação entre obesidade e alguns tipos de câncer como: mama, ovário e intestino.

Por essas comorbidades o paciente obeso tem uma sobrevida reduzida (mortalidade em idade precoce). O obeso mórbido tem risco de morte 12 vezes maior que um indivíduo com o peso normal. A maioria não sobrevive aos 60 anos. Nos Estados Unidos ocorrem 300.000 mortes por ano devidas a obesidade. Além disso, a qualidade de vida dos obesos é afetada devido às limitações físicas, sociais, profissionais, etc..

Acreditamos que a obesidade causa prejuízo médico, psicológico, social e econômico.
O governo americano estima um gasto de US$ 35 bilhões por ano com a obesidade.

Em cada 10 brasileiros 4 estão acima do peso.
No Brasil há 1 milhão de obesos mórbidos e morrem 80.000 obesos por ano, devido as comorbidades.




Tratamento Clínico

O tratamento da obesidade deve ser sempre clínico e orientado por um endocrinologista.
É baseado em reeducação alimentar, incentivo a atividades físicas, apoio psicológico e freqüentemente conta com apoio de medicamentos como:

a) Antidepressivos: Pois algumas vezes a depressão pode causar a fome compulsiva.

b) Hipofagiantes: Diminuem a fome se dividem em 2 subtipos:

b1) Anorexígenos: Diminuem o apetite.
b2) Sacietogenos: Aumentam a sensação de saciedade.

c) Excretores: Promovem a excreção da gordura ingerida na alimentação.

O tratamento clínico da obesidade tem caráter eterno, pois a tendência para engordar é também eterna nessas pessoas.

Os endocrinologistas recomendam algumas “dicas universais”:

a) Comer as coisas certas com freqüência e fazer várias refeiçõezinhas por dia.
A filosofia por traz dessa dica é nunca passar fome, pois a fome provoca a diminuição da serotonina, isso provoca uma alteração psíquica, chamada de “binge” pelos americanos, que, por sua vez provoca uma “compulsão enlouquecida” que faz o paciente assaltar a geladeira inteira, pondo a perder o sucesso da dieta.

b) As fórmulas mágicas, com diuréticos e laxantes, além de não darem resultado satisfatório, podem causar danos à saúde. O único caminho para emagrecer é a “reeducação alimentar com prática de atividade física regular”.

c) Nunca encha o estômago. O estomago é uma bolsa distensível. Conserve-o sempre pequeno.

d) Coma com calma, mastigando bem os alimentos, pois após 20 minutos de mastigação lenta a fome terá passado. Inicie a refeição com saladas para conseguir um pouco de saciedade antes do prato quente.

e) Beba muita água durante o dia, pelo menos de 6 a 8 copos.

f) Evite as gorduras saturadas de origem animal, como as carnes vermelhas, queijos amarelos, leite, ovos, manteiga. Elas aumentam o nível de colesterol ruim (LDL). Essa gordura tende a depositar-se na região abdominal.
Prefira as gorduras poliinsaturadas, como peixes, amendoim, óleo de soja e milho, ou as monoinsaturadas, como azeite de oliva e óleo de girassol e canola. Estas, sem exagero, aumentam o colesterol bom (HDL).

g) Não adianta fazer uma dieta frenética por 2 meses para emagrecer rapidamente 10 quilos pois em pouco tempo você recuperará esses quilos. Está provado que 85% dos pacientes que fazem dietas frenéticas recuperam o peso em 2 anos. Além disso, essas dietas fazem mal a saúde pois o paciente fica privado de certos elementos (conforme a dieta utilizada).
O ideal é aceitar uma reeducação alimentar e adotá-la por toda a vida, ingerindo uma dieta balanceada e variada, comendo todos os tipos de proteína, gorduras certas e os carboidratos em quantidade adequada, acompanhada de atividade física e tratamento psicológico.
Lembre-se que do total de calorias consumidas por uma pessoa 60% deve vir dos Carboidratos, 30% das gorduras e 10% das proteínas.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Perguntas e Respostas Videolaporoscopia (VLS)

Como é o pré-operatório da cirurgia VLS?

- Solicitamos alguns exames e avaliação clínica com especialista;
- O paciente é internado no hospital 1 hora antes da cirurgia;
- Já internado, o paciente recebe uma injeção de heparina subcutânea, antes da cirurgia, para profilaxia de embolia;
- Não é necessário tricotomia (raspagem dos pêlos).

Como é o intra-operatório da VLS?

Como a cirurgia requer aparelhagem de filmagem complexa, o procedimento cirúrgico, propriamente dito, só tem início 30 a 40 minutos após a chegada do paciente ao Centro Cirúrgico. Trata-se de tempo de ajuste de imagem e posicionamento do instrumental.Com o paciente já anestesiado, é passada a Sonda naso-gástrica para “murchar” o estômago. Nas cirurgias de hérnia inguinal e apendicectomias é passada a sonda vesical para “murchar” a bexiga.Faz-se uma incisão de 8 mm dentro do umbigo e, através de uma agulha especial, é injetado gás carbônico na cavidade abdominal. Esse gás levanta a parede abdominal como se fosse a tenda de um circo. Então é introduzido o primeiro túnel, pelo qual é passada a ótica. A ótica é uma fibra de 40 cm de comprimento, com o diâmetro de um lápis. A fibra leva a luz para dentro do abdômen e, ao mesmo tempo, filma as imagens que são transmitidas para um monitor, posicionado de frente para o cirurgião. Assim que a ótica entra no abdômen é feita uma cuidadosa inspeção de todas as vísceras abdominais; neste momento ocorre, algumas vezes, de se encontrar outras patologias desconhecidas até então. Terminada esta inspeção, o cirurgião passa a ótica para o assistente (que é outro cirurgião videolaparoscopista). A partir desse momento o assistente assume a função de camera-man, proporcionando as imagens transmitidas ao monitor, e dispõe para isso de recursos de brilho, foco, zoom,etc. O cirurgião introduz os novos túneis que têm raio entre 2 e 5 mm, e que permitem a passagem e a troca dos instrumentos cirúrgicos, necessários ao procedimento. Estes instrumentos são varetas de 30 cm de comprimento, da espessura de um lápis fino e que permitem segurar, traccionar, cortar, cauterizar, costurar, dar nós, retirar vesículas biliares ou apêndices por sucção e tracção, colocar as telas para correção das hérnias, etc.
Terminada a tarefa cirúrgica, os instrumentos cirúrgicos, os túneis e a ótica são retirados e o gás carbônico vaza para fora do abdômen. Faz-se uma sutura sub-dérmica de pele com ponto falso de Micropore. Antes de o paciente acordar as sondas são retiradas


Como é o pós-operatório imediato da Cirurgia VLS?
O paciente acorda na Sala de Cirurgia e é encaminhado para a Sala de Recuperação Pós-Anestésica, onde permanece com outros pacientes por uma ou duas horas, sob a observação dos anestesistas e enfermeiras, auxiliados por monitores especiais de pressão arterial, freqüência cardíaca e oximetria (quantidade de oxigênio no sangue). Após esse período o paciente é levado para seu quarto. Quando bem acordado o paciente pode tentar se levantar e andar, porém sempre auxiliado por acompanhante até que se sinta seguro. O paciente pode tomar pouca quantidade de líquidos e caldos nas primeiras doze horas, pois podem ocorrer, inesperadamente, vômitos que se prolongam por horas. Entretanto, nas cirurgias de Hérnia de Hiato o paciente permanece em jejum até a manhã seguinte.

A medicação, freqüentemente, utilizada no hospital é composta por:

- Omeprazol, que protege o estômago evitando gastrite por efeito colateral dos antiinflamatórios;

- Cefalosporina (antibiótico profilático por 24 horas);

- Antiinflamatório;

- Dipirona (analgésico);

- Metoclopramida (antinauseante);

- Heparina subcutânea (prevenção de embolia);

O paciente tem alta com 4 a 6 pequenos curativos de 1x1 cm. Trata-se de ponto falso que pode ser molhado, mas não retirado (eles caem sozinhos em 10 dias, aproximadamente). A alta é dada para todos os pacientes, rotineiramente, às 9:00 h. da manhã do dia seguinte à cirurgia (não importando o horário da mesma) , exceto nas cirurgias de Obesidade Mórbida o paciente permanece por 2 a 3 dias no hospital.

Como é o pós-operatório domiciliar?

A dieta deve ser leve por 3 dias (período que pode ser nauseante);Na Obesidade Mórbida existe uma rotina descrita em capitulo proprio.

O paciente deve caminhar muito desde o primeiro dia - quanto mais caminhar, melhor. Caminhar em ritmo calmo, no plano, tomando cuidado para não chacoalhar a barriga.

Medicação:
Omeprazol (1 comprimido cedo por 14 dias);
Antiinflamatório (1 comprimido ao dia por 3 dias) em alguns casos;
Em caso de dor abdominal = Fazer bolsa de água quente e tomar analgésicos.
Os curativos não devem ser retirados, e podem ser molhados durante o banho.
Não há pontos de pele para retirar.

Manchas roxas podem surgir ao redor dos curativos.Trata-se de efeito colateral da heparina (ver 6.1) e por isso não é necessário cuidado algum. Estas manchas desaparecem em cerca de 7 dias.

Quanto às atividades físicas habituais, o paciente geralmente sente-se perfeitamente capaz para exerce-las em 3 dias (dirigir, trabalhar, etc). As atividades esportivas devem ser feitas conforme a dor permitir. Portanto, em caso de dor, a atividade deve ser suspensa e tentada novamente em 3 dias; salvo nas Hérnias Inguinais e de Hiato que o paciente deve permanecer 2 meses sem fazer esforço que envola a parede abdominal.
Como é o pós-operatório domiciliar da Hérnia de Hiato? As normas gerais expostas no item 6.2 continuam valendo. No primeiro mês o paciente deve se alimentar várias vezes por dia de pequenas porções líquidas ou pastosas, em prato pequeno, utilizando uma colher de sobremesa e fazendo uma pausa de 1 minuto entre as colheradas. Assim, o primeiro mês é o "mês da colher". No segundo mês o paciente pode se alimentar de sólidos, desde que muito bem cortados, em pedaços bastante pequenos. Continua utilizando um prato de sobremesa e aguardando 1 minuto entre uma garfada e outra. Assim, o segundo mês é o “mês da faca”.Nesses 2 meses o paciente não deve praticar esportes que forcem a musculatura abdomin

A cirurgia VLS é mais cara que a cirurgia convencional?

Somando os custos diretos e indiretos, a cirurgia VLS tem uma relação custo-beneficio mais vantajosa do que a convencional. Embora tenha um custo intra-operatório um pouco mais elevado, a internação hospitalar é certamente mais curta e o retorno às atividades profissionais, mais precoce. A exceção é a cirurgia da Hérnia Inguinal que tem, devido ao material necessário à videolaparoscopia, o intra-operatório mais dispendioso. Por isso muitos pacientes optam pela cirurgia convencional.

Quais as opções de anestesia para a Videolaparoscopia?

São 3 possibilidades:

a) Anestesia Geral = Paciente dorme todo o procedimento, sob entubação;

b) Raquianestesia = Paciente acordado em respiração espontânea;

c) Ambas simultaneamente = É interessante pois promove analgesia por 6 horas;

Atualmente temos optado pela 1a opção como rotina.


Os convênios cobrem a cirurgia por videolaparoscopia?

Sim, atualmente a maioria dos Convênios Médica dá cobertura total aos procedimentos de videolaparoscopia. Eventualmente, não autorizam o uso de algum material descartável, mas isto é sempre verificado antes da internação do paciente.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

VIDEOLAPAROSCOPIA

Laparoscopia significa olhar (scopia) o abdômen (laparo).
Ora, para olhar basta um pequeno orifício na parede abdominal que permite a entrada de uma ótica .

Um simples "olhar" orienta o raciocínio e pode alterar completamente o rumo do tratamento. Por isso a Videolaparoscopia oferece um diagnóstico preciso e seguro.

O abdômen é tido como uma “caixinha de surpresas” devido à grande variedade de doenças que se manifestam através dos mesmos poucos sintomas .

Às vezes o atraso em fazer o diagnóstico específico pode implicar em complicações graves, como a peritonite.

Por esses motivos a laparoscopia se fez muito necessária.

A primeira laparoscopia foi realizada na Europa, em 1905, utilizando-se um jogo de lupas, espelhos e luz de vela, através de um orifício de 1 cm no abdômen.

Nesses 100 anos a laparoscopia desenvolveu-se muito. Hoje instalamos um túnel de 5 mm de raio (geralmente na cicatriz umbilical) e através dele introduzimos uma ótica que ao mesmo tempo em que ilumina o abdômen, filma as imagens que assistimos ao vivo em um monitor de alta definição . Assim podemos assistir (e gravar em DVD) todas as vísceras abdominais como o fígado, estômago, baço, vesícula biliar, intestinos, apêndice, útero, ovários, hérnias, etc. Com a inovação dessa videocâmara filmadora, entramos, em 1980, na "Era da Videolaparoscopia".

O passo seguinte foi o desenvolvimento de técnicas que permitissem realizar cirurgias por Videolaparoscopia (e não apenas olhar o abdômen). Assim, através de túneis auxiliares, podemos introduzir instrumentos longos e finos que permitem segurar, cortar, cauterizar, costurar, retirar estruturas, etc. As primeiras cirurgias vídeolaparoscopicas foram realizadas na área da ginecologia, em 1980.

A primeira cirurgia videolaparoscopica do aparelho digestivo foi uma cirurgia de vesícula biliar, realizada na França, em 1987. Desde então a Cirurgia Videolaparoscopica vem desenvolvendo-se a largos passos, sendo atualmente, sem dúvida, a primeira opção em termos de cirurgia.

O Dr Roberto Rizzi criou o Serviço de Videolaparoscopia do Hospital Regional Sul em 1992 . Nesse hospital público foram realizadas inumeras Videolaparoscopias tanto eletivas (Principalmente cirurgias de vesicula biliar e de hernias de hiato) quanto de urgências (Principalmente apendicites e cirurgias ginecologicas). Foi um dos primeiros hospitais públicos do Brasil a contar com a Videolaparoscopia no PS em regime de 24 horas por dia.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Pré-Operatório, Internação e Pós-Operatório do Bypass Gastrico

A rotina que usamos na ocasião da internação para a Cirurgia de Fobi e Capella é:

. Fazer próximo a data de internação: Endoscopia Digestiva Alta, Ultrassom de Abdômen Total, Polissonografia (exame que avalia o risco de apnéia do sono), Espirometria (exame que avalia a função respiratória), outros exames de laboratório.

. Suspender o uso de anticoncepcional e fumo 30 dias antes da cirurgia, pois eles aumentam o risco de embolia e trombose (vide abaixo).

. Ter certeza que o paciente emagreceu o máximo possível, para facilitar a cirurgia e diminuir as complicações possíveis. O ideal é perder 10% do peso nos meses que antecedem a cirurgia.

. Heparinização profilática com Clexane 40 mg subcutâneo por dia iniciando 4 horas após a cirurgia e mantendo até o 15o dia após a cirurgia . Essa medicação diminui a coagulabilidade sanguínea para evitar a formação de trombose e embolia (êmbolos são pequenos coágulos que se soltarem na corrente sanguínea podem entupir os pulmões . Esse quadro de embolia pulmonar e é dramático, causa risco de vida importante. É uma das 2 principais causas de mortalidade nessa cirurgia).

Na sala de cirurgia:

. Passamos a sonda vesical para controle da diurese (controle do volume de urina durante a cirurgia para avaliarmos a função dos rins).

. Enfaixamos as pernas do paciente (ou usamos uma cinta compressora chamada bomba intermitente) comprimindo-as e promovendo o colabamento das veias das pernas impedindo a coagulação sanguínea nesses locais, que são a principal fonte de êmbolos. Esse enfaixamento é mantido até o paciente estar caminhando com desenvoltura (talvez 1 dia após a cirurgia).

.No final da cirurgia deixamos um dreno (fino pedaço de borracha) que vai desde a região da sutura (costura do estômago) até a pele.
Para entender o motivo do uso dessa borracha cabe antes uma explicação:
Se um dos pontos da sutura do estômago descoser (chamamos de deiscência de sutura) ocorre vazamento (fistula) de suco gástrico para a barriga causando a peritonite (infecção do abdômen). A fistula é uma das 2 maiores causas de mortalidade dessa cirurgia. Pois bem, se existir uma borracha ligando a região da fistula até a pele, ocorrerá a saída do suco gástrico para a pele aproveitando o dreno como estrada, e assim, não haverá peritonite.

O risco de fistula no estômago pequeno é 1,4%. Com o uso do dreno 90% das fistulas são tratadas sem necessidade de outra cirurgia. Chamamos então de fístula externa.
Deixando o paciente sem passagem de alimento no estômago pequeno esse buraquinho geralmente fecha-se sozinho em 20 dias. Por isso deixamos o dreno sentinela por 10 dias (tempo das deiscências). Se não houver saída de líquido gástrico pelo dreno em 10dias, nós retiramos o dreno no consultório apenas puxando-o gentilmente por 1 minuto.

.As vezes deixamos uma sonda de borracha (um tubo) que vai de dentro do estômago abandonado até a pele (chamamos de gastrostomia). Só fazemos essa manobra em casos especiais

Após a cirurgia:

. 2% dos pacientes necessitam de UTI no pós-operatório, geralmente para assistência respiratória.

. O paciente desde o dia da cirurgia até a alta hospitalar (que geralmente ocorre em 3 dias) será acompanhado pelo grupo de fisioterapia do hospital para melhorar a capacidade respiratória evitando pneumonias.

. Caminhar muito a partir do dia seguinte a cirurgia evita complicações pulmonares (pneumonias e embolia de pulmão).

. No 1º dia após a cirurgia iniciamos a alimentação com água e chá (20 ml a cada 5 ou 10 minutos no máximo).

. No 2º dia após a cirurgia oferecemos 20 ml de líquidos (água, chá, gelatina, sucos, caldos ralos e coados, gatorade, água de coco, leite desnatado) a cada 5

ou 10 minutos no máximo.

.No 2º dia após a cirurgia o paciente pode surgir um quadro de falta de ar, taquicardia e derrame pleural (água no pulmão). Esse quadro clinico é muito preocupante e pode ter 2 origens:

Embolia de pulmão (vide acima). Esse quadro ocorre em 2% dos pacientes operados e pode causar a morte de 1 em cada 500 pacientes operados (0,2 %). O tratamento é geralmente feito na UTI (com respirador a volume) e é dramático, algumas vezes.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Planejamento da Cirurgia Bariatrica do Bypass Gastrico

Uma vez constatado que o paciente tem indicação cirúrgica (IMC acima de 40 ou acima de 35 com 2 comorbidades associadas) e que ele preencheu os pré-requisitos (esgotar as tentativas clínicas e ter o sinal verde do psicólogo), podemos iniciar os preparativos para a cirurgia.

Nosso objetivo, nesse momento, é preparar o paciente obeso para a cirurgia. Tenha em mente que o obeso é um “paciente difícil em todos os sentidos”.
Ele tem propensão para problemas cardíacos, respiratórios, renais, de difícil cicatrização e facilidade para ter infecções. Ou seja, realizaremos uma cirurgia de grande porte em um paciente de risco clínico.

Ele também tem um perfil psicológico instável e principalmente “cria fantasias” como acreditar que por fazer a cirurgia “emagrecerá muito sem fazer força” resolvendo todos os problemas da sua vida, como casamento, profissão, etc..

A fim de diminuir ao máximo os riscos de complicações clinicas e psicológicas temos um roteiro pré-operatório a cumprir:

a) Informar o paciente sobre tudo. Ele deve conhecer a doença “obesidade”, sua origem, conseqüências, riscos de “ser obeso”, tratamento, dietas, tipos de cirurgias e seus riscos associados (vômitos, gases, diarréia, desconforto, dor e risco de vida), como se trata a obesidade na Europa e nos EUA, enfim, todo obeso deve tornar-se um expert no assunto. Uma das formas mais eficientes é freqüentar reuniões de obesos, onde pacientes operados prestam depoimentos, falam sobre suas dificuldades de adaptação ao “novo estomago”, seus vômitos quando comem rápido, etc.. Consideramos obrigatória a presença dos candidatos a cirurgia em pelo menos duas reuniões. Sugerimos que, se possível, familiares devam acompanhar o paciente nas consultas e nas reuniões, pois os parentes acompanharão o paciente nos difíceis primeiros meses após a cirurgia, e se tiverem conhecimento prévio das dificuldades certamente estarão mais aptos para lidar com elas. Todas as dúvidas devem ser esclarecidas com o médico antes da cirurgia.
Deve-se saber que 1 em cada 100 pacientes terão complicações cardiorespiratórias (embolia pulmonar, broncopneumonia) e de má cicatrização (fistulas e peritonite); que a mortalidade existe e gira em torno de 0,6 % dos operados.

O paciente e um familiar devem assinar um documento chamado termo de consentimento onde o paciente declara estar ciente dos riscos e das suas obrigações no pós-operatório.

b) Desmistificar fantasias como aquela que após a cirurgia a paciente terá o corpo de uma “modelo”. Outra ilusão é que ao emagrecer toda sua vida será maravilhosa tanto no aspecto pessoal quanto profissional. Essas expectativas exageradas certamente serão fonte de grande frustração e depressão.

c) Esclarecer que ao operar o cirurgião “instala” um instrumento no paciente. Porém, o sucesso da cirurgia depende do paciente utilizar esse instrumento adequadamente. O paciente precisa ter força de vontade para mudar seu hábito alimentar, comer apenas 3 refeições por dia (e não passar o dia beliscando), comer devagar e mastigando muito bem, não comer comidas pastosas que passem facilmente pelo anel, evitar doces e álcool (pois dificultam o emagrecimento), evitar gasosos (pois provocam mal estar), evitar beber líquidos próximos da refeição, etc.. O paciente tambem precisa descobrir alguma atividade fisica prezeirosa ( Ex caminhar , dançar , nadar , etc ) .Se o paciente cumprir sua parte o resultado será muito melhor. A participação do paciente é mais importante que a do médico. Por esse motivo só devemos operar quando o paciente estiver pronto para participar dessas etapas. Nos casos bem sucedidos ocorre uma perda de peso ao redor de 40% após o 1º ano com a Cirurgia de Fobi e Capella e se o paciente aceitar a reeducação alimentar ele manterá esse novo peso para sempre. A cirurgia não é mágica! Seu resultado será o fruto de um longo e difícil caminho que será percorrido pelo médico e pelo paciente lado a lado.

d) Consultar um psicólogo para avaliar a necessidade de apoio antes e após a cirurgia.

e) Consultar um clinico geral para realizar exames pré-operatórios. É necessário haver autorização desse médico para podermos marcar a cirurgia. Ele vai avaliar o risco cirúrgico. Caso esse médico considere o estado cardíaco, respiratório, renal ou endocrinológico não ideal para a cirurgia, ela deverá ser adiada.

f) Emagrecer rapidamente 10% do peso no mês anterior a cirurgia. Esse cuidado, quando possível, melhora muito a condição clínica do paciente e certamente diminuem os riscos de vida e de complicações da cirurgia. Também pedimos para o paciente evitar o uso de anticoncepcionais e de cigarros no mês anterior à cirurgia.

g) Endoscopia Digestiva Alta para tratar úlceras e a bactéria causadora da úlcera (Helicobacter Pylori). Se houver doença poliposa gástrica não podemos deixar o estômago permanecer no paciente pelo risco de câncer sem controle endoscópico, então, nesses pacientes associamos a gastrectomia (retirada do estomago).

domingo, 27 de setembro de 2009

Cuidados após a Cirurgia Bariatrica do Bypass Gastrico

No 1º mês após a cirurgia o paciente só pode se alimentar de líquidos (não viscosos), como água, chá, suco, água de coco, caldos de galinha ou carne, etc.. Pequenos goles de 20 ml a cada 4 minutos. O motivo dessa dieta é não dilatar o estômago para não forçar a costura e evitar a deiscência da sutura, que causaria a fistula do estomago pequeno com peritonite e risco de vida .
.
. Após 30 dias da cirurgia as costuras estarão completamente cicatrizadas, não existe mais o risco de deiscência (descoser) e o paciente não corre mais risco de vida.

. A partir do 2º mês o paciente inicia a dieta que irá acompanha-lo por toda a vida:

1. Fazer 3 refeições sólidas por dia (evitar os pastosos, cremosos, doces e álcool). Os alimentos pastosos passam facilmente pelo anel e não causam sensação de saciedade, logo, engordam. É proibido beliscar durante o dia todo pois é outro fator de engorda.

2. Refeições devem ser de tamanho pequeno e ser feitas com muita calma, o ideal é comer em um prato de sobremesa. Cada refeição deve ser feita em 40 minutos. Se o paciente comer rápido ele vomitará subitamente (às vezes nem dá tempo de chegar ao banheiro !!!). Nos primeiros meses é recomendado carregar um saco para vômitos na bolsa. Ensinamos os pacientes a obedecerem aos 5 “Ts”:

Três refeições sólidas por dia (Evitar beliscar e evitar os pastosos).
Tempo para comer (comer o almoço e o jantar em 40 minutos no mínimo).
Tamanho da refeição (pequena quantidade de comida por refeição).
Tamanho dos pedaços (cortar tudo bem pequenino para não entalar no anel).
Tranqüilidade para comer (só comer em momento tranqüilo).

O médico irá cobrar do paciente : “O seu tempo de refeição é mais importante do que o seu chefe, horário do banco, etc !!! Vou cobrar que você se goste e cuide de você mesmo. Você é a prioridade !!!”.

3. Tomar primeiro o liquido e depois o sólido (Só comer depois de beber).
A seqüência ideal é: água – suco – arroz – carne.
Nunca beber depois de comer, porque o líquido empurra a comida pelo anel com violência (flush down) causando risco de girar o anel. Além disso, esse hábito diminui a sensação de saciedade, comprometendo a perda de peso.

4. Mastigar muitas vezes. Engolir. Esperar 4 minutos antes de engolir de novo (Lembre-se que os vômitos súbitos são conseqüência de comer rapidamente).
Na verdade, a alimentação pode continuar sendo uma fonte importante de prazer, trocando-se o estilo churrascaria rodízio pelo estilo restaurante francês, onde se saboreia o tempero, a variedade de preparo do alimento, a conversa, etc..

5. A refeição deve ser feita em um momento tranqüilo. Se o paciente estiver nervoso não deve alimentar-se. Deve pular essa refeição.

6. Beber muitos líquidos durante o dia (para evitar pedras no rim) e se, a urina ficar escura é sinal de que é necessário beber mais líquidos. Mas, evitar tomar líquidos 40 minutos antes ou depois das refeições. Evitar também os líquidos gasosos pois, com certeza, causarão mal estar e agonia.

7. É recomendado ao paciente comer carne vermelha pelo menos em 1 refeição por dia (o ideal é comer em toda refeição). Queremos que o paciente coma proteínas principalmente (assim forçamos o paciente a queimar as gorduras depositadas para produzir energia).

8. Às vezes, algum alimento pode entalar no anel do estômago, causando obstrução com dor, vômitos e uma sensação de agonia. Nesse caso é importante correr até o Pronto Socorro para fazer uma Endoscopia Digestiva Alta e retirar o alimento entalado (geralmente carne ou queijo mal mastigado). O paciente precisa avisar o endoscopista que ele foi operado pela técnica de Fobi e Capella e pedir para o colega entrar em contato conosco.

9. Devemos procurar identificar sinais de depressão (uso de álcool ou drogas), alteração de sono, etc. e encaminhar o paciente à psicoterapia urgentemente.

10. Devemos investigar anemia pois a “não passagem” do alimento pelo estômago pode ser a origem dessa anemia. O sintoma é o cansaço e a palidez que podem ocorrer a partir do 6o mês após a cirurgia. O tratamento é a administração de ferro e vitamina B12 injetáveis (não adianta tomar via oral). Acreditamos que o uso de vitaminas via oral diariamente ajuda a prevenir a anemia e iniciamos seu uso desde a cirurgia (ex.Vitergan Zn – 1 comprimido/dia – uso eterno, Complexo B Roche – 1 comprimido/dia – 2 meses e Centrum – do 3o mês em diante).

11. Devemos investigar anualmente com ultrassom abdominal a existência de cálculo na vesícula biliar pois a “não passagem do alimento pelo duodeno” pode originar tal doença. Uma vez diagnosticada, devemos realizar a retirada da vesícula biliar por videolaparoscopia (cirurgia por fibra ótica).

12. Avisar o paciente que nos primeiros 6 meses após a cirurgia ocorre queda de cabelo, e que geralmente o processo é limitado há esse tempo.

13. O paciente deve ter consultas mensais com o endocrinologista durante o primeiro ano após a cirurgia pois, com a perda de peso, ocorre melhora natural das comorbidades (diabetes, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, renal e pulmonar) e assim sendo, é necessário que as doses de medicação para tais doenças sejam reajustadas.

14. O paciente precisa saber que o anel (que faz o fenômeno ampulheta) pode girar. Isso significa obstrução da passagem da ampulheta. Nesses casos, é necessário a re-operação de urgência para desobstruir a passagem alimentar. Provavelmente a origem desse giro de anel é o paciente comer pastosos com freqüência. Ou seja, comer alimentos pastosos após a Cirurgia de Fobi e Capella é perigoso.

15. No primeiro mês o paciente pode perder 10% do peso, nos próximos a perda mensal vai sendo progressivamente menor. Em média, se o paciente colaborar, a perda de peso após 1 ano da cirurgia gira em torno de 40%. Esse novo peso deve se manter por toda a vida.

16. Por que o paciente para de emagrecer em certo momento após a cirurgia ?

Um paciente de 130 Kg queima 3.000 kcalorias por dia (andando, respirando, etc.). Esse paciente come muito mais que 3.000 kcalorias por dia, por isso, é obeso. Ao fazer a cirurgia o paciente é obrigado a ingerir apenas 300 kcalorias por dia (pois o anel não deixa passar mais que isso) e como o paciente continua queimando 3.000 calorias por dia ocorre o emagrecimento rápido, que na verdade é uma desnutrição induzida pela cirurgia (o gasto passa a ser maior que a entrada de calorias).
Após 6 meses o paciente pesará 90 Kg e passará a queimar apenas 2.000 kcalorias por dia. Nessa ocasião o paciente já aprendeu a conviver melhor com a cirurgia econsegue ingerir 600 kcalorias por dia . Assim, o “diferencial entrada/gasto” diminui e o emagrecimento também vai diminuindo.
Após 1 ano esse paciente pesará 80 Kg e passará a queimar 1.500 calorias/dia, com seu metabolismo mais magro terá maior disposição para atividades físicas e, assim, queimará outras 1.000 calorias/dia. Nessa ocasião o paciente pode aumentar um pouco a ingesta calórica, pois aprendeu a alimentar-se com a cirurgia, e acaba encontrando seu ponto de equilíbrio ocorrendo, assim, a estabilização do seu peso após 1 ano da cirurgia.

Em outras palavras: enquanto houver emagrecimento (durante o primeiro ano) haverá desnutrição. Essa desnutrição deve ser acompanhada pelo especialista mês a mês para ter seus efeitos nocivos minimizados ao máximo.

17. Às vezes, solicitamos um exame endoscópico do pequeno estômago para avaliar a passagem pelo anel. O endoscópio deve passar justo pelo anel e o endoscopista deve ver a passagem como se fosse um piloro (válvula natural de saída do estômago). Esse anel é importante porque faz com que a passagem tenha sempre o mesmo calibre (não dilatando com o tempo).

18. Como avaliar o sucesso da cirurgia ? Qual a meta ?

Acreditamos que o ideal é que o paciente perca 40% do peso. Essa perda deve ocorrer em até 1 ano de cirurgia. O novo peso atingido deve ser mantido por 5 anos no mínimo. Lembra-se: nos primeiros 6 meses os pacientes emagrecem rápido porque estão empolgados e cumprem suas obrigações como pacientes, voltam às consultas, etc.. Nos meses seguintes é necessário que o paciente mantenha dieta e atividade física para garantir o sucesso.

19. O que é a avaliação da Escala BAROS?

É um questionário que todo paciente preenche após a estabilização de peso
onde ele avalia sua qualidade de vida atual do ponto de vista de Felicidade – Atividade Física – Participação Social – Profissional – Sexual.
Outra escala modificada (de Moorehead) sugere a pergunta “Você vive para comer ou come para viver?”.

20. Como já foi dito, após 1 ano, geralmente, o paciente perde 40% do peso e ocorre estabilização do seu peso.
Nessa ocasião o paciente terá “pele caída”. Será necessário fazer cirurgias plásticas para retirar esse excesso. No homem a pele abdominal pode ser retirada por uma dermolipectomia convencional, mas na mulher será necessário em algumas vezes fazer a incisão em âncora. Há também outros excessos de pele a serem retirados, como: nos braços, nas coxas e no pescoço.

sábado, 26 de setembro de 2009

Mitos e verdades sobre redução de estômago



A cirurgia bariátrica é uma opção terapêutica indicada por médicos, quando todas as tentativas clínicas e medicamentosas foram infrutíferas”, explica a médica. “Diferentemente do que muitos pensam, a operação não é uma saída mais fácil para emagrecer”. A indicação, portanto, é para a cura da obesidade mórbida e de suas graves consequências, como o aumento da mortalidade por doenças cardiovasculares, derrame, diabetes, alguns tipos de câncer – como no trato digestivo – e outras.

Quais os maiores riscos?

Os obesos têm, pela própria condição, alterações graves no coração, pressão, diabetes etc, que aumentam o risco cirúrgico. Porém, com uma equipe médica preparada, o índice de mortalidade está entre 1% e 3%. O maior risco está na falta de comprometimento com a cirurgia, como ignorar as ordens médicas. Em outros casos, acontecem complicações inesperadas, acidentes anestésicos, infecções... Por isso que a cirurgia só deve ser feita após avaliação profunda.

É uma operação estética?

Não. A operação é realizada se houver indicação médica. O especialista vai avaliar os riscos e benefícios. Se o paciente tem doenças associadas (como doenças cardíacas graves)

É seguro?

A operação é segura desde que haja uma preparação detalhada antes dela. Pessoas acometidas por alcoolismo ou distúrbios psiquiátricos não estão indicadas. Respeitando as indicações e as contraindicações, torna-se seguro.

O paciente precisa passar por avaliações psicológica?

Sim. O paciente é avaliado pelo médico clínico geral, pelo cirurgião e por um psiquiatra ou psicólogo, para entender como será sua aceitação depois da operação.

A fome continua, mas o operado não consegue comer?

Não. A fome diminui muito, não há sofrimento em relação a isso, pois a vontade de comer é menor e a satisfação com pequenas quantidades também. Agora, o paciente terá que escolher o que comer, pois cabe pouco.

É verdade que o gastroplastizado precisa mastigar muito bem?

Sim. Isso melhora a digestão e a absorção dos alimentos que, na fase pós-operatória, é ainda mais sensível, pela própria cirurgia. No geral, todos devem mastigar bem para ter um bom aproveitamento nutricional dos alimentos e sensação adequada de digestão.


Existem procedimentos mais seguros do que outros?


A cirurgia mais segura atualmente é aquela que envolve a restrição do volume do estômago (para não caber muito) e, também, a alteração no trânsito do intestino, para que se absorva menos gordura e o corpo funcione melhor.

Após a cirurgia, preciso fazer acompanhamento médico?

Sim, para diagnosticar as deficiências vitamínicas resultantes do tratamento e tratá-las, bem como mapear o estado mental, estimular hábitos saudáveis – como atividade física – e fazer medicina preventiva. Apesar da cirurgia, o tratamento da obesidade continua.

Se comer demais, é verdade que a pessoa vomita?

Se comer a mais do que o volume do estômago suporta (que agora é pouco), sim. O estômago, se cheio demais, reage causando náuseas até vomitar, para eliminar o excesso.

É preciso ter cuidado para não emagrecer demais?

E algum momento o organismo se adapta e para de emagrecer (mesmo comendo pouco e fazendo exercícios habituais). É por isso que muitos pacientes deixam de ser superobesos para ter sobrepeso. Raramente, são muito magros.

A pessoa depois da cirurgia pode comer tudo o que quiser ou fará uma dieta?

Seguirá uma dieta para sempre, não só a ingerida por boca, como com suplementação de vitaminas e outros alimentos, pois a ação que diminui a absorção de alimentos pelo corpo não permite a ingestão adequada de nutrientes.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A cirurgia para tratamento da obesidade é utilizada há quase 50 anos !!!

A cirurgia para tratamento da obesidade é utilizada há quase 50 anos. A partir de então, passaram a predominar os procedimentos que limitam a ingestão de alimentos, seja pela simples restrição da capacidade do estômago, seja por sua divisão e anastomose.

O tratamento cirúrgico da obesidade é justificado somente quando houver riscos de permanecer obeso, seja em curto e longo prazo, da cirurgia bariátrica. Os critérios incluem: índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 40kg/m² ou acima de 35kg/m² associado a comorbidades que possam ser reduzidas com a perda de peso; várias tentativas de perda de peso sem resultado e condições psicológicas para cumprir a orientação no pós-operatório, o que deve ser avaliado com a ajuda de um psicólogo.

A conclusão da cirurgia não finaliza o tratamento da obesidade, pelo contrário, é o início de um período de um a dois anos de mudanças comportamentais, alimentares e de exercícios, com monitoração regular de uma equipe multidisciplinar de profissionais da saúde.

Conheça as técnicas de cirurgia de obesidade:

Banda gástrica: Um anel de silicone é colocado em volta do estômago, dividindo o órgão em dois. A parte superior fica do tamanho de uma xícara de café. Quando é completada com alimento, ativa os centros nervosos que controlam a saciedade. Esse procedimento pode ser feito por meio de um corte do abdômen ou por laparoscopia, método feito a partir de pequenos cortes no abdômen e com o auxilia de uma câmera. Como você só consegue engolir uma porção muito pequena de comida, pode desenvolver problemas de nutrição e precisar ingerir vitaminas. As cirurgias restritivas fazem o seu estômago se tornar menor. Com isso, você se sente saciado mais rapidamente. Isso significa que você precisará fazer grandes mudanças na forma de se alimentar, incluindo porções menores.



Bypass gástrico: faz o estômago se tornar menor e não deixa que a comida passe por parte do intestino. Você se sente saciado mais rapidamente do que quando o estômago estava em seu tamanho original. Por isso come menos. Além disso, parte das calorias não é absorvida pelo intestino. O estômago é ligado ao íleo, impedindo que a comida passe pelo duodeno e o jejuno, onde começaria a ser absorvida. É recomendada para pessoas que estejam com o IMC de 40 ou acima disso. A maioria das pessoas que passam pela cirurgia bypass gástrica começa rapidamente a perder peso por 12 meses. Mas até o quarto ano depois da operação, alguns indivíduos ganham parte do peso que perderam. Como ocorre nas demais cirurgias para obesidade, alguns pacientes podem desenvolver pedras na vesícula, anemia e osteoporose. O risco de morrer é bastante pequeno. Pode causar a Síndrome de Dumping, uma doença na qual a comida se move muito rapidamente pelo estômago e pelo intestino. Causa náusea, fraqueza, sensação de desmaio e diarréia logo após as refeições. Parte dos nutrientes ingeridos deixa de ser absorvida depois da cirurgia, como ferro, cálcio, magnésio e vitaminas. Por isso surgem problemas como anemia e osteoporose. Uma dieta programada por um nutricionista e também suplementos alimentares podem evitar isso.



Fobi-capella: Esta operação é o procedimento de by-pass gástrico mais utilizado e de melhores resultados a nível internacional e atualmente vem sendo realizado por vídeo-cirurgia em alguns centros médicos por cirurgiões habilitados apresentando resultados semelhantes aos da técnica aberta, porém com as vantagens maravilhosas da vídeo-cirurgia. Inicialmente, uma pequena bolsa estomacal é criada através do grampeamento ou do banding vertical além da aplicação de um pequeno anel de silicone o que irá causar uma restrição na ingestão de alimentos. A seguir, uma seção do intestino delgado em forma de “y” com a alça alimentar medindo entre 1,0m e 1,5m” ( a alça bílio-pancreática medindo até 3,20m segundo Dr. Paulo Maciel) é fixado à bolsa para permitir que os alimentos passem ao intestino delgado sem passar no duodeno e primeiras porções do intestino delgado provocando uma absorção reduzida das calorias e nutrientes



Scopinaro: nesta cirurgia, o estômago é grampeado e seu tamanho é reduzido em 60% a 70%. O duodeno e o jejuno são isolados, e a comida só entra em contato com o suco pancreático no fim do íleo, já bem próximo do intestino grosso. Esse desvio provoca uma má absorção, ainda maior ainda do que na técnica do bypass. É indicada para quem está com um IMC de 50 ou acima desse patamar. A técnica de Scopinaro é bastante eficiente. As pessoas operadas perdem de 75% a 80% do excesso de peso e mantém isso.Como ocorre nas demais cirurgias para obesidade, alguns pacientes podem desenvolver pedras na vesícula, anemia e osteoporose. O risco de morrer é bastante pequeno. Pode causar a Síndrome de Dumping, uma doença na qual a comida se move muito rapidamente pelo estômago e pelo intestino. Causa náusea, fraqueza, sensação de desmaio e diarréia logo após as refeições. A duodeno switch ou técnica de Scopinaro é bastante complexa e só deve ser feita por um cirurgião bastante experiente.



Balão Intra-Gástrico: Uma alternativa ao tratamento cirúrgico e clínico da obesidade é o método endoscópico da colocação de um balão intra-gástrico (dentro do estômago). Por meio de endoscopia coloca-se um balão de silicone com cerca de 600ml de líquido dentro do estômago. Em nenhum lugar do mundo, essa técnica é utilizada como método definitivo de tratamento da obesidade mórbida já que sua utilização é temporária. Em virtude da presença do balão no estômago, é necessário menor quantidade de comida para que o indivíduo sinta saciedade. Não necessita de cirurgia nem anestesia, resultando em recuperação muito rápida. Em caso de desconforto severo pode ser prontamente retirado. Pode servir como uma experiência para o paciente que tem dúvida de como se comportaria com uma cirurgia. Não é um método recomendado como tratamento definitivo da obesidade mórbida, pois tem duração de tratamento de seis meses, tempo após o qual precisa ser obrigatoriamente removido. Geralmente esse período não é suficiente para que o indivíduo emagreça a quantidade que deseja. Pode ser aplicado como alternativa para reduzir o risco das cirurgias e preparo para o procedimento já que, com a redução do peso haverá também melhora das comorbidades. Estimativa de emagrecimento de 10% a 15% do peso.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

***** TIPOS DE INTERVENÇÃO *****


O tipo de intervenção que devera ser realizado ira depender de cada caso, mas vale lembrar que o tratamento cirúrgico bariatrico apresenta riscos de mortalidade inferior a 0,5%.

Puramente restritivos: sendo a Banda Gástrica Ajustável.
Mistos – Predominantemente restritivos: os desvios gástricos (Gastric Bypass, Capella, etc)
Mistos – Predominantemente disabsortivos: as derivações bileo pancreáticas (Duodenal Switch, Scopinaro)
Os procedimentos que podem ser realizados são:

Marca Passo Gástrico
Balão Intragástrico
Gastroplastia Vertical com Banda – Cirurgia de Mason
Banda Gástrica Ajustável
Cirurgia de “Fobi e Capella” – Gastroplastia Vertical com colocação de anel e Y de Roux ou, simplesmente, Gastroplastia em Y de Roux Convencional ou Laparoscópica
Cirurgia de “Duodenal Switch” – Derivação Bileo Pancreática
Cirurgia de “Scopinaro” – Derivação Bileo Pancreática

A técnica mais conhecida e estudada é a chamada de Cirurgia de Fobi e Capella ou de Gastroplastia Vertical com colocação de anel e Y de Roux. A cirurgia inicia com uma laparotomia na técnica convencional ou com uma videolaparoscopia na técnica videolaparoscópica. Na sequência os procedimentos são idênticos. O estômago, que tem capacidade para cerca de dois litros é seccionado com um grampeador cirúrgico a cerca de 7 centímetros de sua junção com o esôfago de maneira a se obter um novo estômago com capacidade para apenas 30 a 50 ml. Na saída deste novo estômago é colocado um pequeno anel de sylastic ou banda de tela de polipropileno (tela de Márlex) que previne a dilatação gástrica e diminue o tempo de esvaziamento gástrico. Uma alça intestinal é ligada ao novo estômago para permitir a saída e a absorção de alimentos. O funcionamento da cirurgia é através da restrição da ingestão de alimentos, e em menor parte por disabsorção, uma vez que cerca de 150 cm de intestino delgado são desviados (técnica mista – predominantemente restritiva). Pacientes operados por esta técnica, em geral necessitam fazer várias pequenas refeições diárias e perdem em média 60% do excesso de peso ao final de dois anos. O emagrecimento acentuado pode requerer cirurgias plásticas para a retirada do excesso de pele.

Um outro grupo de cirurgias para redução de peso é o das cirurgias chamadas “predominantemente disabsortivas” e as principais representantes deste grupo são as realizadas pela técnica de Scopinaro e o “duodenal switch”. Nestas cirurgias o estômago, que também é diminuido, porém em menor grau, permanece com capacidade para cerca de 500 ml e o principal fator que faz o paciente emagrecer é disabsorção causada pelo encurtamento intestinal. O paciente pode apresentar diarréia ao ingerir alimentos gordurosos.

Em todas as técnicas o paciente precisa ser acompanhado de perto por uma equipe especializada e receber suplementos alimentares / vitamínicos.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Cirurgia Bariátrica: Aspectos passados e atuais - 3 PARTE

CONTINUAÇÃO ...

Bypass Gástrico

O Bypass Gástrico (BG) foi desenvolvido pelo Dr. Edward E. Mason da Universidade de Iowa, com base na observação de que pacientes submetidos à gastrectomia parcial para doença ulcerosa péptica perdiam peso após a cirurgia e tinham dificuldade em recuperá-lo posteriormente. As complicações do BG mostraram-se bem menos severas que aquelas associadas ao bypass intestinal.

Com o advento dos staplers, foi possível criar uma seção vertical na margem superior do estômago sem necessidade de ressecar parte do órgão. As variações mais recentes da gastroplastia de Mason incluem a utilização de anéis de silastic ou bandas de Marles para controlar o tamanho do estômago residual e evitar distensão da via de saída gástrica. As complicações do BG associado à colocação de anéis ou bandas são as mesmas do procedimento tradicional, adicionando-se o risco de estenose e erosão da banda / anel.

Tabela 03 - Complicações do Bypass Gástrico

Precoces
• Vazamentos anastomóticos
• Distensão gástrica aguda
• Estenose do local reparado com anel / banda
• Obstrução do Y de Roux
• Atelectasia
• Infecções da ferida cirúrgica
• Seroma

Tardias
• Estenose estomacal
• Anemia
• Hipovitaminose B12
• Hipocalcemia / Osteoporose
• Úlceras
• Hérnia incisional

Conclusão

Pacientes obesos possuem um risco aumentado para inúmeras morbidades potencialmente fatais. Neste contexto, a correção do excesso de peso possui papel essencialmente profilático. O insucesso da terapêutica clínica da obesidade mórbida tem levado à indicação de técnicas cirúrgicas que procuram restringir a ingesta e absorção de nutrientes. Ainda que estas cirurgias obtenham um certo sucesso no controle da obesidade, os fatores de risco associados aos procedimentos não podem ser esquecidos. O exato papel da cirurgia bariátrica no tratamento da obesidade mórbida continua sendo motivo de profundos debates e controvérsias.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Cirurgia Bariátrica: Aspectos passados e atuais - 2 PARTE

CONTINUAÇÃO ...

Bypass Bílio-Pancreático

O Bypass Bílio-Pancreático (BBP) foi o resultado do aprimoramento do BJI. Neste novo procedimento, o intestino delgado não era mais desfuncionalizado e, conseqüentemente, os problemas hepáticos se tornaram menos freqüentes.

O BBP foi desenvolvido em 1986 pelo professor Nicola Scopinaro, na Universidade de Gênova (Itália), e possui dois componentes. No primeiro passo, realiza-se uma gastrectomia subtotal – que resulta em diminuição da ingesta oral e perda ponderal mais acentuada durante o primeiro ano pós-cirurgia. O segundo passo consiste em construir uma longa alça em Y de Roux reduzindo o tubo alimentar comum a um canal de 50 cm de extensão. Este passo cria um componente disabsortivo que ajuda a manter a perda ponderal a longo prazo.

Do ponto de vista do paciente, a maior vantagem desta cirurgia é a capacidade de ingerir grandes volumes de comida e ainda assim manter a perda ponderal. As desvantagens são a diarréia de odor forte e desagradável, as úlceras anastomóticas e a flatulência. A complicação potencial mais séria é a desnutrição protéica associada a hipoalbuminemia, anemia, edema, astenia e alopecia. Pacientes submetidos a BBP devem ser suplementados com cálcio e vitaminas (especialmente vitamina D) pelo resto da vida.

***** Tabela 02 - Complicações do Bypass Bílio-Pancreático *****

• Desnutrição protéica
• Anemia
• Hérnia incisional
• Obstrução intestinal
• Úlcera anastomótica
• Tromboembolismo pulmonar
• Vazamento anastomótico
• Vazamento do coto duodenal
• Obstrução intestinal
• Desmineralização óssea
• Hemorróidas
• Acne
• Xeroftalmia
• Trombose venosa profunda
• Pneumonia
• Esplenectomia
• Hemorragia pós-operatória
• Abscessos
Em 1988, Hess alterou o procedimento de Scopinaro adicionando uma troca duodenal descrita por DeMeester em 1987. A troca duodenal havia sido indicada originalmente para pacientes com gastrite de refluxo, consistindo em uma duodeno-jejunostomia suprapapilar em Y de Roux. O procedimento híbrido de Hess (remoção de 70-80% da grande curvatura + troca duodenal em Y de Roux) permitia que a primeira porção do duodeno permanecesse na corrente alimentar, reduzindo assim a incidência de úlceras anastomóticas e síndrome de dumping. A cirurgia de Hess foi apresentada e 1992 e publicada em 1993 por Marceu, Biron e colegas, sob o título de Desvio bílio-pancreático com troca duodenal.

O BBP e suas variantes são os principais procedimentos realizados atualmente para obesidade.

CONTINUAÇÃO...

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Cirurgia Bariátrica: Aspectos passados e atuais - 1 PARTE

"O tratamento da obesidade vem ganhando espaço a cada dia, seja na literatura médica especializada ou nos meios de comunicação de massa. Muitos obesos mórbidos simplesmente não obtêm resposta ao tratamento clínico e optam por cirurgias bariátricas como uma forma de alcançar finalmente suas metas".

Introdução

A cirurgia bariátrica evoluiu bastante desde os primeiros experimentos realizados na década de 1950. Atualmente, boa parte dos especialistas admite que o tratamento da obesidade mórbida não “é” cirúrgico, mas “está cirúrgico”. Ainda assim, cirurgias para controlar o ganho ponderal excessivo tendem a se tornar mais comuns a cada dia, ocupando o hiato deixado por abordagens clínicas mais eficazes.

Neste artigo, abordaremos os principais procedimentos cirúrgicos bariátricos existentes, suas características técnicas, antecedentes históricos e complicações mais comuns.

Bypass Jejuno Ileal

O primeiro procedimento bariátrico precedido de experimentos em animais e publicado em uma revista médica de renome foi realizado por Kremen e colegas em 1954. Tratava-se então de um bypass jejuno-ileal (BJI), que excluía boa parte do intestino delgado do circuito digestivo.

Após o relato de Kremen, foram desenvolvidas duas variantes anastomáticas do BJI: a término-terminal e a latero-lateral. Em ambas circunstâncias, uma porção significativa do intestino delgado era excluída (mas não excisada) do trato digestivo. A anastomose do jejuno proximal ao íleo distal deixava cerca de 35 cm de intestino delgado normal para cumprir a função absortiva, enquanto que a extensão absortiva normal do intestino delgado é de cerca de 7 metros. Conseqüentemente, o paciente passava a apresentar disabsorção de carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e sais minerais. A anastomose término-lateral possuía a vantagem de permitir algum refluxo de conteúdo para o segmento desfuncionalizado, minimizando a disabsorção, porém permitindo ganho ponderal subseqüente.

Em todos os casos, a reabsorção insuficiente de sais biliares prejudicava a absorção de lipídios e vitaminas lipossolúveis, resultando em irritação colônica e excreção excessiva de água e eletrólitos, especialmente sódio e potássio. Esta diarréia aquosa é a principal queixa relacionada ao BJI. A freqüência das evacuações é diretamente proporcional à ingesta de lipídios. Em cerca de 1/3 dos pacientes, o intestino remanescente aumenta em tamanho e espessura, incrementando sua capacidade de absorver calorias e nutrientes, contrabalançando a perda ponderal e diminuindo a intensidade da diarréia.

***** Tabela 01 - Complicações do Bypass Jejuno-Ileal *****

***** Complicações e Conseqüências *****

* Distúrbios Hidroeletrolíticos *

• Hiponatremia
• Hipopotassemia
• Hipomagnesemia
• Hipocloremia
• Osteoporose e osteomalácia decorrente de depleção protéica, hipocalcemia, hipovitaminose D e acidose


* Desnutrição protéico-calórica *

• Alopecia
• Anemia
• Edema
• Hipovitaminoses

* Entéricas • Distensão abdominal *

• Diarréia
• Flatulência
• Pneumatose intestinal
• Pseudo-obstrução colônica
• Volvo com obstrução mecânica do intestino delgado

* Extra-intestinais *

• Artrite
• Colelitíase
• Insuficiência hepática aguda
• Esteatose
• Cirrose (até 5% dos pacientes)
• Eritema nodoso
• Síndrome de Weber-Christian
• Hiperoxalúria
• Nefrite auto-imune
• Insuficiência renal
• Neuropatia periférica
• Pericardite
• Pleurite
• Anemia hemolítica
• Neutropenia
• Trombocitopenia

O BJI é o exemplo clássico de um procedimento disabsortivo para produzir perda ponderal. Alguns procedimentos mais modernos utilizam um grau menor de disabsorção associado a redução gástrica para reduzir e manter a perda ponderal. Qualquer procedimento bariátrico utilizando os mecanismos disabsortivos envolvidos no BJI arrisca-se a sofrer as mesmas complicações. Pelas suas conseqüências desastrosas, o BJI hoje faz parte apenas dos relatos históricos da cirurgia bariátrica.

CONTINUAÇÃO...

domingo, 20 de setembro de 2009

***** OUTRAS COMPLICAÇÕES *****

Na impactação do bolo alimentar, a remoção endoscópica está indicada (lembrar do risco de aspiração, protegendo as vias aéreas).
As fístulas pós operatórias são consideradas as complicações mais graves desta cirurgia, em série da literatura ocorreram em 2.6% de pacientes operados 6 .

Nos pacientes em bom estado nutricional, em que as fístulas apresentam-se adequadamente drenadas,o tratamento endoscópico pode contribuir para o seu fechamento (injeção de selante de fibrina e cola derivado do ácido cianoacrílico e também utilização de injeção de matriz acelular derivada da sub-mucosa porcina que estimularia a cicatrização dos tecidos 12,21 .

Na erosão do anel de silicone para a luz gástrica (utilizado por alguns cirurgiões autores para otimizar a perda de peso e sua manutenção) apesar da chance de migração espontânea quando este erosa a parede para a luz gástrica, a maioria dos autores recomenda a remoção endoscópica como melhor opção (secção e remoção do anel preferentemente com instrumento de duplo canal) 4,5 (figura 10)

No deslizamento do anel a conduta é cirúrgica, com sua remoção. O procedimento endoscópico pode ser utilizado no diagnóstico

Outras complicações da cirurgia bariátrica são a síndrome de dumping, as hérnias internas e a colelitíase, cujo manejo é abordado em outro capítulo.




CONSIDERAÇÕES FINAIS

O profissional da área de endoscopia pode deparar-se em algum momento com pacientes que vão se submeter ou mesmo já submetidos á cirurgia bariátrica e que necessitem de sua intervenção. Deve portanto se familiarizar com este “novo”paciente e conhecer as possíveis complicações da cirurgia bariátrica.

A unidade endoscópica deve dispor de estrutura, equipamento e acessórios necessários para atender o obeso e superobeso (fluoroscopia se houver necessidade de dilatação endoscópica).

O caráter pouco invasivo dos procedimentos endoscópicos indica que maior proximidade deva se estabelecer á cirurgia bariátrica, especialmente em relação ao tratamento das eventuais complicações.

sábado, 19 de setembro de 2009

***** ÚLCERAS E ESTENOSES *****

A incidência de úlceras ou estenoses da gastrojejunostomia tem sido relatadas de 5% a 20% 14,16, 20 . A maioria dos autores acredita que a patogênese das úlceras anastomóticas seja mulifatorial, eis que haveria a combinação de fatores como preservação de secreção ácida, tensão da anastomose, fatores isquêmicos, uso de anti-inflamatórios.

O tratamento das ulcerações inclui o uso de inibidores de bomba de prótons e/ ou sucralfate, evitando-se o uso de anti-inflamatórios e erradicação do H.pylori 18 (figura 5).




Hemorragia digestiva é evento raro nestes pacientes 2,10 e devem ser avaliados da mesma maneira que pacientes não operados, considerando no entanto as alterações anatômicas existentes.

Todos os segmentos são passíveis de avaliação e tratamento endoscópico (os segmentos mais distais podem necessitar instrumentos mais longos (colonoscópio pediátrico ou enteroscópio). Em raras situações, a angiografia intervencionista pode ser necessária.

Caso identifique-se estenose esta deve ser tratada por dilatação endoscópica em período não inferior a 30 dias após a cirurgia (pelo risco de deiscência, a avaliação deve ser cuidadosa).

A estenose é complicação bem conhecida no pós-operatório das cirurgias gástricas, sendo encontrada em até 19 % nas cirurgias bariátricas restritivas 19 . A dilatação endoscópica apresenta índices de sucesso muito bons e a literatura demonstra resultados duradouros mesmo após uma simples sessão,podendo ser necessárias várias sessões em intervalos variados.

No período compreendido entre janeiro de 2002 e setembro de 2003 tivemos oportunidade de tratar 22 pacientes submetidos a by-pass gástrico e que desenvolveram estenose da anastomose. Utilizamos velas de Savary , balões e também debridamento endoscópico cirúrgico com “ needle knife ”

Tivemos como complicação, dois casos de perfuração tratadas por via laparoscópica (sutura e drenagem) tendo evoluído satisfatoriamente. Uma destas pacientes retornou para nova sessão de dilatação. Todos os pacientes encontram-se assintomáticos até a presente data (março de 2005). 1,3, 8,9,17 (figuras 6, 7, 8, 9, 10.










Pacientes submetidos a cirurgia restritiva como a gastroplastia vertical com banda também podem apresentar náuseas e vômitos secundários à estenoses, erosão da banda restritiva ou anel e aumento do refluxo gastroesofageano. O tratamento vai depender da etiologia dos sintomas. A dilatação endoscópica não será útil nestes casos.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

***** NÁUSEAS E VÔMITOS *****

Náuseas e vômitos são as queixas mais comuns após cirurgia bariátrica e frequentemente estão associadas a dieta inapropriada ou à não obediência à recomendações específicas de boa mastigação, evitar consumo de líquidos durante as refeições (esperar 2 horas após a ingesta sólida) e fazê-las calmamente, em ambiente tranqüilo.

No pós-operatório imediato fenômenos com dismotilidade e edema das anastomoses também podem causar náuseas, vômitos ou dor. São alterações reversíveis e, em cerca de 7 a 10 dias, voltam à normalidade.

O médico endoscopista será chamado na persistência dos sintomas para avaliação endoscópica e nesta circunstância deverá ser considerada a presença de úlceras e estenoses.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

***** COMPLICAÇÕES *****

As complicações da cirurgia bariátrica podem ser divididas em "verdadeiras" e em "efeitos colaterais" associados com a alteração da anatomia do tubo gastrointestinal superior.

A mortalidade perioperatória da cirurgia bariátrica é menor que 1%, frequentemente associada à fístulas com peritonite (75%) ou embolia pulmonar (25 %) 11,20 .

Determinados “efeitos colaterais” secundários a alteração anatômica podem ser corrigidos com tratamento e com medidas comportamentais e de educação ao paciente.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O PROCEDIMENTO ENDOSCÓPICO

Os procedimentos endoscópicos nestes pacientes podem ser complicados, portanto, princípios básicos devem ser observados para garantir um exame eficiente e seguro. Recentemente foi publicado “ guidelines ” relativo à estes aspectos 22 .

É extremamente importante discutir o caso com o cirurgião do paciente e confirmar o tipo de cirurgia realizada para que sejam conhecidas as alterações anatômicas. Também deve ser informada pelo cirurgião a estabilidade da anastomose, especialmente se estiver contemplada dilatação endoscópica.

No entanto, o envolvimento do profissional que realiza endoscopia nesta população de pacientes começa muito antes do surgimento de eventuais complicações pós-cirúrgicas, compreende inicialmente a avaliação pré-operatória, já que todos os candidatos á cirurgia bariátrica devem ser submetidos, de rotina, à endoscopia digestiva alta.

Nesta oportunidade será possível identificar esofagites, hérnias de hiato, gastrites erosivas, úlcera péptica, a identificação de Helicobacter pylori (cuja erradicação é recomendada antes do ato cirúrgico 15 e finalmente, a identificação de lesões pré-malignas e neoplasias nos segmentos que irão ser excluídos 23 .

A maca deve possuir estrutura que sustente peso elevado, sendo que alguns autores sugerem que estes pacientes devam ser examinados em uma cadeira reclinável ou em uma cadeira de rodas resistente.

Se possível deve ser utilizada apenas anestesia tópica (orofaringe), evidentemente se o nível de ansiedade do paciente permitir, reservando-se a sedação intra-venosa para os procedimentos mais difíceis ou terapêuticos.

Devido à elevada co-morbidade deste grupo de pacientes, há aumento do risco de complicações cárdio–pulmonares, se empregadas drogas depressoras respiratórias e cardíacas 7 .

Há necessidade de rigorosa monitorização dos parâmetros circulatórios e respiratórios. Os pacientes obesos fazem mais hipoventilação por restrição ventilatória pela gordura, por apresentarem um volume residual e capacidade funcional menores, além de obstrução das vias aéreas por relaxamento das partes moles no orofaringe. A sedação portanto deve ser leve e administrada com cautela pelo risco de depressão respiratória. A eliminação das drogas ocorre mais lentamente devido á impregnação no tecido gorduroso que é pouco vascularizado.

Deve dar-se preferência aos benzodiazepínicos por sua vida média curta ( por exemplo: midazolan), no entanto, alguns pacientes já são usuários de várias destas drogas, apresentando alguma resistência. O propofol, apesar de ser o sedativo-hipnótico padrão para endoscopia, deve ser menos indicado para o obeso pois pode relaxar rapidamente a musculatura que protege a via aérea, levando também rapidamente á depressão respiratória. O anestesista pode ser solicitado, ficando à critério do médico e paciente .

Tão importante quanto os cuidados na escolha da sedação são os cuidados após o procedimento.

Os pacientes obesos devem ser vigiados no pós imediato à endoscopia pois facilmente voltam á fazer depressão respiratória pela re-distribuição das drogas para a circulação (principalmente dos tecidos pouco vascularizados como a gordura). Em algumas situações deve considerar-se a utilização de reversão com flumazenil (para os benzodiazepínicos) e naloxone (para os opióides).

terça-feira, 15 de setembro de 2009

OBESIDADE - CIRURGIA BARIÁTRICA - O PAPEL DA ENDOSCOPIA DIGESTIVA

A popularização da cirurgia bariátrica introduziu nos Serviços de Endoscopia um novo tipo de paciente: o obeso e o superobeso.

Em 1991 o NIH (National Institut of Health) propôs em conferência nacional de consenso, um sistema de classificação baseado no índice de massa corporal (IMC : peso em kg dividido pela altura em m 2 ). Pacientes com IMC entre 25,0 e 29,9 seriam aqueles com sobrepeso e com mais de 30 kg/m 2 obesos. A obesidade se classificaria ainda em alto risco ou classe I ( IMC de 30- 34.9 kg/m 2 ), risco muito alto ou classe II (IMC de 35-39.9 kg/m 2 ) e risco extremo ou classe III (IMC 40 kg/m 2 ou mais ) 13 .

Os pacientes obesos apresentam risco aumentado de hipertensão arterial, diabete, doenças pulmonares, hiperlipidemia, cardiomiopatia, doenças malignas, artrites, apnéia do sono e distúrbios psicológicos.

As doenças associadas ou agravadas pela obesidade severa (IMC acima de 30 ou classe I) determinam índices de mortalidade assustadores. É fundamental a familiarização do médico com estes pacientes, levando em consideração a comorbidade.

Introduzida em 1950, a cirurgia bariátrica teve significativa evolução até nossos dias e, embora, existam múltiplas técnicas, dois princípios são respeitados (em combinação ou isoladamente) quais sejam, de restrição e de má absorção
Exemplos de cirurgia restritiva são a colocação de banda gástrica e e gastroplastia vertical com banda (figura 1 e 2). O by-pass gástrico em Y de Roux com interposição de alça jejunal entre as câmaras gástricas é exemplo de cirurgia de má absorção seletiva (figura 3). Outra modalidade cirúrgica é a diversão bilio-pancreática (figura 4). O by-pass gástrico é a tecnica utilizada em nosso meio, portanto sendo a mais encontrada pelos endoscopistas. Os comentários que faremos em relação às complicações (em especial as estenoses) referem-se em sua grande maioria a este grupo de pacientes.






segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O que é síndrome de dumping ???

A síndrome de dumping é uma resposta fisiológica devida à presença de grandes quantidades de alimentos sólidos ou líquidos na porção proximal do intestino delgado.Esse rápido esvaziamento gástrico pode refletir em liberação inapropriada de hormônios intestinais, que propiciam os sintomas gastrointestinais, como plenitude e distensão gástrica, dor abdominal, diarréia, sudorese, taquicardia, dentre outros. Esses sintomas podem aparecer rapidamente, dentro de 10 a 30 minutos após a refeição (precoce), ou cerca de duas a três horas depois (tardio).

domingo, 13 de setembro de 2009

aniversário de 15 anos de monique !!!



Reduzir o estômago pode causar perda de memória ???


Reduzir o estômago pode causar perda de memória ???

A cirurgia de redução de estômago pode causar perda de memória e atrapalhar a coordenação motora, alertam cientistas na edição desta semana da revista científica especializada “Neurology”. O problema é causado pela deficiência de uma vitamina, a B1. Só nos Estados Unidos, mais de 170 mil cirurgias contra a obesidade são realizadas anualmente
O problema é conhecido como “encefalopatia de Wernicke” e afeta tanto o cérebro quanto o sistema nervoso quando o organismo não absorve quantidades suficientes da vitamina. Em alguns casos, podem ocorrer até problemas de visão. A doença também aparece em casos de desnutrição grave e alcoolismo.
Segundo os cientistas, os primeiros sintomas surgem entre um e três meses após a cirurgia, e são mais freqüentes em pessoas que vomitam
muito após o procedimento – geralmente por comerem mais do que seus estômagos reduzidos suportam. Alguns dos pacientes pós-cirúrgicos chegam até a apresentar outros problemas neurológicos não-relacionados à encefalopatia de Wernicke, como convulsões, surdez, fraqueza muscular e dormência nos pés e nas mãos.
O líder do estudo, Sonal Singh, da Escola de Medicina da Universidade de Wake Forest, no estado americano de Carolina do Norte, pede que pessoas que passaram pela cirurgia consultem um médico imediatamente caso comecem a sentir um dos sintomas acima.
De 32 pessoas avaliadas pelo grupo de cientistas que sofreram o problema, 13 conseguiram se recuperar totalmente através do consumo de vitamina B1 por soro ou injeção. As demais, no entanto, continuaram apresentando os sintomas.
Segundo Singh, mais estudos precisarão ser feitos para verificar quão freqüente é o aparecimento desse efeito colateral entre todos os pacientes de cirurgia de redução de estômago.
Fonte: G1

sábado, 12 de setembro de 2009

Centro de Prevenção e Tratamento da Obesidade

***** Centro de Prevenção e Tratamento da Obesidade *****

SEMPRE ÀS QUINTAS



Toda quinta feira, às 18h, acontece, no Centro de Prevenção e Tratamento da Obesidade, diferentes atividades, com o objetivo de atender às necessidades de quem está em processo de emagrecimento.



Grupo de Reflexão

Reflexão

• Momento para estar com pessoas que sofrem de dificuldades semelhantes.

• Trocar experiências na busca de uma nova percepção de si.

• Sair da solidão e do “mutismo” que, muitas vezes, são conseqüência da vivência da obesidade.




Acompanhamento da dieta

Suporte

• Poder falar sobre o tratamento de emagrecimento e suas dificuldades.

• Construir estratégias para enfrentar este momento da vida.



Corpo Meu

Consciência

• Oferecer um espaço de experimentação do próprio corpo.

• Lugar seguro de reflexão para a escolha da atividade física mais adequada ao seu perfil.





Palestra


Informação

• Apresentação de conceitos teóricos sobre a obesidade e seus aspectos emocionais.



INSCRIÇÕES POR TELEFONE OU E-MAIL
LOCAL: Rua do Ouvidor, 130 sala 801 – Centro - RJ

TELEFONE: (21) 2224-6024

E-MAIL: psicpto@yahoo.com
DIA: 5ª feira, às 18h.

Investimento: Palestra: R$ 15. Grupos: R$ 50 por encontro.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Urgente !!!! novidades no hospital quinta d`or

***** CENTRO DE CIRURGIA DA OBESIDADE QUINTA D´OR *****
No dia 18 de Julho foi inaugurado o Centro de Tratamento Cirúrgico de Obesidade do Hospital Quinta D´Or. A proposta é oferecer o tratamento cirúrgico dentro de uma ambiente hospitalar, onde podem ser realizados exames e prestado atendimento pré e pós cirúrgico. Seja por encaminhamento do médico endocrinologista ou diretamente pelo paciente, o Centro está apto a realizar avaliações, bem como orientar o paciente sobre a cirurgia e seus impactos.

Maiores informações pelo telefone 3461-3682.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

ELETROCARDIOGRAFIA (eletrocardiograma)

ELETROCARDIOGRAFIA
SINONÍMIA
Eletrocardiograma, ECG basal ECG em repouso.
DESCRIÇÃO
O eletrocardiograma (ECG) registra as alterações de potencial do campo elétrico formado por um conjunto de células cardíacas, sendo a única forma de registrar o comportamento elétrico do coração. Não causa nenhum desconforto. O paciente permanece deitado sobre a maca e bem relaxado. São colocados eletrodos descartáveis nas extremidades dos 4 membros (punhos e tornozelos) e no tórax, que captam os estímulos elétricos originados no coração.
INDICAÇÕES
Complementação da avaliação clínico-cardiológica; identificação de alterações anatômicas, metabólicas, iônicas e hemodinâmicas (hipertensão arterial, doenças valvulares, doença isquêmica do coração, pericardite, miocardiopatias, cardiopatias congênitas, arritmias, pré-operatório, check-up).
CONTRA-INDICAÇÕES
Não há contra-indicações.
LIMITAÇÕES
Tremor muscular e a agitação psico-motora podem prejudicar a obtenção de um registro gráfico adequado.
TEMPO DE EXAME
Aproximadamente 15 minutos.
PREPARO
Não há preparo. Vir com roupas confortáveis, que possam ser abertas na região do tórax. Quando necessário, será realizada uma tricotomia (raspagem dos pêlos com aparelho descartável) na região torácica para melhor aderência dos eletrodos. Evitar luz solar na pele do tórax pelo período de 48 horas após o exame. Recomendável evitar o uso de produtos oleosos nas regiões de colocação dos eletrodos.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

ULTRA-SONOGRAFIA

ULTRA-SONOGRAFIA DO ABDOME SUPERIOR
SINONÍMIA
Ecografia ou ultra-som do abdome superior ou vias biliares.
INTRODUÇÃO
A ultra-sonografia é um método diagnóstico inócuo e indolor que utiliza equipamentos que emitem ondas sonoras de alta freqüência e captam a energia acústica refletida nas interfaces dos tecidos superficiais e profundos do nosso corpo, transformando-a em imagens. A evolução tecnológica permite atualmente obter imagens com excelente resolução e, através de softwares modernos, realizar não só imagens em terceira dimensão, como também o color Doppler, que permite identificar os vasos, o fluxo no seu interior, calculando a sua velocidade e o seu volume. As sondas utilizadas na emissão das ondas sonoras podem ser de baixa ou alta freqüência visando observar estruturas mais profundas ou superficiais, e as sondas endocavitárias, endovaginal e endoretal, permitem maior sensibilidade para exames ginecológicos e da próstata.
DESCRIÇÃO
O exame é realizado com o paciente deitado podendo ser necessária a mudança de decúbito e o controle da respiração para melhor visualização e resultado. Utiliza-se um gel aquoso para impedir a interposição de ar entre a sonda examinadora e a região a ser examinada.
INDICAÇÕES
Engloba o estudo do fígado, vias biliares, vesícula, baço e pâncreas. Indicado na investigação das patologias do fígado difusas e focais, diagnóstico diferencial das icterícias, diagnóstico dos cálculos de vesícula biliar e das coledocolitíases. Avaliação do volume e da ecogenicidade do pâncreas. Estudo do volume e das lesões do baço.
CONTRA-INDICAÇÕES
Não existem contra-indicações para o método ou efeitos colaterais.
LIMITAÇÕES
Intenso meteorismo gastro-intestinal e grande obeso.
TEMPO DE EXAME
Aproximadamente 20 minutos.
PREPARO
Em caráter de urgência, os exames
os exames podem ser realizados sem preparo. No entanto, geralmente requerem o uso de medicamentos que diminuam a quantidade de gás nas alças intestinais. O jejum, de pelo menos 6 horas, é solicitado para o estudo da vesícula biliar, cujo contraste é a própria bile. Na véspera do exame: evitar comer massas e gorduras.
No dia do exame:
- Manhã (exame marcado até meio-dia): na véspera, a última alimentação poderá ser realizada até meia-noite. No dia, vir em jejum. Não fumar. - Tarde (exame marcado após meio-dia): vir com 6 h de jejum. Antes do jejum de 6 h, poderá se alimentar com chá, torradas puras, sucos de maçã ou pêra feitos com água, legumes cozidos em água e sal (exceto batata), não ingerir refrigerante e nem bebida gasosa. Não fumar. Caso tenha, trazer exame anterior.
ULTRA-SONOGRAFIA DO ABDOME TOTAL
SINONÍMIA
Ecografia ou ultra-som do abdome total ou abdome.
INTRODUÇÃO
A ultra-sonografia é um método diagnóstico inócuo e indolor que utiliza equipamentos que emitem ondas sonoras de alta freqüência e captam a energia acústica refletida nas interfaces dos tecidos superficiais e profundos do nosso corpo, transformando-a em imagens. A evolução tecnológica permite atualmente obter imagens com excelente resolução e, através de softwares modernos, realizar não só imagens em terceira dimensão, como também o color Doppler, que permite identificar os vasos, o fluxo no seu interior, calculando a sua velocidade e o seu volume. As sondas utilizadas na emissão das ondas sonoras podem ser de baixa ou alta freqüência visando observar estruturas mais profundas ou superficiais, e as sondas endocavitárias, endovaginal e endoretal, permitem maior sensibilidade para exames ginecológicos e da próstata.
DESCRIÇÃO
O exame é realizado com o paciente deitado podendo ser necessária a mudança de decúbito e o controle da respiração para melhor visualização e resultado. Utiliza-se um gel aquoso para impedir a interposição de ar entre a sonda examinadora e a região a ser examinada.
INDICAÇÕES
Engloba o estudo do fígado, vias biliares, vesícula biliar, baço, pâncreas, aorta e veia cava inferior, rins e bexiga.
CONTRA-INDICAÇÕES
Não existem contra-indicações para o método ou efeitos colaterais.
LIMITAÇÕES
Intenso meteorismo gastro-intestinal e grande obeso.
TEMPO DE EXAME
Aproximadamente 20 minutos.
PREPARO
Em caráter de urgência, os exames podem ser realizados sem preparo. No entanto, geralmente requerem o uso de medicamentos que diminuam a quantidade de gás nas alças intestinais. O jejum, de pelo menos 6 horas, é solicitado para o estudo da vesícula biliar, cujo contraste é a própria bile. Na véspera do exame: evitar comer massas e gorduras.
No dia do exame:
- Manhã (exame marcado até meio-dia): na véspera, a última alimentação poderá ser realizada até meia-noite. No dia, vir em jejum. Não fumar. 1 h antes do exame, beber de 3 a 4 copos de água e não urinar. - Tarde (exame marcado após meio-dia): vir com 6 h de jejum. Antes do jejum de 6 h, poderá se alimentar com chá, torradas puras, sucos de maçã ou pêra feitos com água, legumes cozidos em água e sal (exceto batata), não ingerir refrigerante e nem bebida gasosa. Não fumar. 1 h antes do exame, beber de 3 a 4 copos de água e não urinar. Caso tenha, trazer exame anterior.
ECO COLOR DOPPLER DO SISTEMA PORTA
SINONÍMIA
Doppler colorido do sistema porta
INTRODUÇÃO
A ultra-sonografia é um método diagnóstico inócuo e indolor que utiliza equipamentos que emitem ondas sonoras de alta freqüência e captam a energia acústica refletida nas interfaces dos tecidos superficiais e profundos do nosso corpo, transformando-a em imagens. A evolução tecnológica permite atualmente obter imagens com excelente resolução e, através de softwares modernos, realizar não só imagens em terceira dimensão, como também o color Doppler, que permite identificar os vasos, o fluxo no seu interior, calculando a sua velocidade e o seu volume.
DESCRIÇÃO
O exame é realizado com o paciente deitado podendo ser necessária a mudança de decúbito e o controle da respiração para melhor visualização e resultado. Utiliza-se um gel aquoso para impedir a interposição de ar entre a sonda examinadora e a região a ser examinada.
INDICAÇÕES
Exame vascular realizado com color Doppler, visando a circulação hepática, incluindo as veias esplênica, mesentérica e porta, as veias hepáticas e a artéria hepática. Diagnóstico da hipertensão portal, diagnóstico diferencial das causas de hipertensão portal, diagnóstico de tromboses.
CONTRA-INDICAÇÕES
Não existem contra-indicações para o método ou efeitos colaterais.
LIMITAÇÕES
Intenso meteorismo gastro-intestinal e grande obeso.
TEMPO DE EXAME
Aproximadamente 20 minutos.
PREPARO
Em caráter de urgência, os exames podem ser realizados sem preparo. No entanto, geralmente requerem o uso de medicamentos que diminuam a quantidade de gás nas alças intestinais. O jejum, de pelo menos 6 horas, é solicitado para o estudo da vesícula biliar, cujo contraste é a própria bile. Na véspera do exame: evitar comer massas e gorduras.
No dia do exame:
- Manhã (exame marcado até meio-dia): na véspera, a última alimentação poderá ser realizada até meia-noite. No dia, vir em jejum. Não fumar. - Tarde (exame marcado após meio-dia): vir com 6 h de jejum. Antes do jejum de 6 h, poderá se alimentar com chá, torradas puras, sucos de maçã ou pêra feitos com água, legumes cozidos em água e sal (exceto batata), não ingerir refrigerante e nem bebida gasosa. Não fumar. Caso tenha, trazer exame anterior.
ULTRA-SONOGRAFIA DA PELVE (ABDOMINAL)
SINONÍMIA
Ecografia ou ultra-som da pelve ou abdome inferior.
INTRODUÇÃO
A ultra-sonografia é um método diagnóstico inócuo e indolor que utiliza equipamentos que emitem ondas sonoras de alta freqüência e captam a energia acústica refletida nas interfaces dos tecidos superficiais e profundos do nosso corpo, transformando-a em imagens. A evolução tecnológica permite atualmente obter imagens com excelente resolução e, através de softwares modernos, realizar não só imagens em terceira dimensão, como também o color Doppler, que permite identificar os vasos, o fluxo no seu interior, calculando a sua velocidade e o seu volume. As sondas utilizadas na emissão das ondas sonoras podem ser de baixa ou alta freqüência visando observar estruturas mais profundas ou superficiais, e as sondas endocavitárias, endovaginal e endoretal, permitem maior sensibilidade para exames ginecológicos e da próstata.
DESCRIÇÃO
O exame é realizado com o paciente deitado podendo ser necessária a mudança de decúbito e o controle da respiração para melhor visualização e resultado. Utiliza-se um gel aquoso para impedir a interposição de ar entre a sonda examinadora e a região a ser examinada.
INDICAÇÕES
Engloba o estudo da bexiga, do útero e ovários (na mulher), da próstata e vesículas seminais (no homem).
CONTRA-INDICAÇÕES
Não existem contra-indicações para o método ou efeitos colaterais.
LIMITAÇÕES
Intenso meteorismo intestinal e grande obeso.
TEMPO DE EXAME
Aproximadamente 20 minutos.
PREPARO
Em caráter de urgência, os exames podem ser realizados sem preparo. Para o estudo da bexiga e órgãos pélvicos é necessária a ingestão de água para distensão da bexiga. No estudo da próstata, faz-se a obtenção de imagens com a bexiga cheia e após a micção. 1 hora antes do exame, beber 4 copos de água e não urinar. Caso tenha, trazer exame anterior.
ULTRA-SONOGRAFIA DA PELVE (TRANSVAGINAL)
SINONÍMIA
Ecografia ou ultra-som transvaginal, ginecológico ou obstétrico. Pode ser realizada com color Doppler.
INTRODUÇÃO
A ultra-sonografia é um método diagnóstico inócuo e indolor que utiliza equipamentos que emitem ondas sonoras de alta freqüência e captam a energia acústica refletida nas interfaces dos tecidos superficiais e profundos do nosso corpo, transformando-a em imagens. A evolução tecnológica permite atualmente obter imagens com excelente resolução e, através de softwares modernos, realizar não só imagens em terceira dimensão, como também o color Doppler, que permite identificar os vasos, o fluxo no seu interior, calculando a sua velocidade e o seu volume. As sondas utilizadas na emissão das ondas sonoras podem ser de baixa ou alta freqüência visando observar estruturas mais profundas ou superficiais, e as sondas endocavitárias, endovaginal e endoretal, permitem maior sensibilidade para exames ginecológicos e da próstata.
DESCRIÇÃO
Os exames endocavitários são realizados com sondas especiais com a devida proteção aos pacientes (preservativos descartáveis que envolvem as sondas).
INDICAÇÕES
Engloba o estudo da gestação inicial (implante do saco gestacional, vesícula vitelínica e embrião), morfologia do útero e dos anexos, estudo do endométrio (espessura, presença de pólipos, vascularização), análise do miométrio (pesquisa de nódulos, controle de ovulação), avaliação de cistos ou massas ovarianas, pesquisa de líquido em fundo de saco de Douglas, avaliação das trompas (hidrossalpinge, gestação ectópica).
CONTRA-INDICAÇÕES
Não existem contra-indicações para o método ou efeitos colaterais.
LIMITAÇÕES
Intenso meteorismo intestinal e grande obeso.
TEMPO DE EXAME
Aproximadamente 20 minutos.
PREPARO
Em caráter de urgência, os exames podem ser realizados sem preparo. O exame transvaginal é realizado com a bexiga vazia. No entanto, o estudo da pelve por via abdominal precede este, necessitando da bexiga confortavelmente repleta. 1 hora antes do exame, beber 4 copos de água e não urinar. Caso tenha, trazer exame anterior.
ULTRA-SONOGRAFIA DO APARELHO URINÁRIO
SINONÍMIA
Ecografia ou ultra-som das vias urinárias ou renal.
INTRODUÇÃO
A ultra-sonografia é um método diagnóstico inócuo e indolor que utiliza equipamentos que emitem ondas sonoras de alta freqüência e captam a energia acústica refletida nas interfaces dos tecidos superficiais e profundos do nosso corpo, transformando-a em imagens. A evolução tecnológica permite atualmente obter imagens com excelente resolução e, através de softwares modernos, realizar não só imagens em terceira dimensão, como também o color Doppler, que permite identificar os vasos, o fluxo no seu interior, calculando a sua velocidade e o seu volume. As sondas utilizadas na emissão das ondas sonoras podem ser de baixa ou alta freqüência visando observar estruturas mais profundas ou superficiais, e as sondas endocavitárias, endovaginal e endoretal, permitem maior sensibilidade para exames ginecológicos e da próstata.
DESCRIÇÃO
O exame é realizado com o paciente deitado podendo ser necessária a mudança de decúbito e o controle da respiração para melhor visualização e resultado. Utiliza-se um gel aquoso para impedir a interposição de ar entre a sonda examinadora e a região a ser examinada.
INDICAÇÕES
Engloba o estudo dos rins, ureteres e bexiga.
Avaliação do tamanho e topografia dos rins, identificação de cistos ou nódulos, pesquisa de cálculos ou tumores vesicais.
CONTRA-INDICAÇÕES
Não existem contra-indicações para o método ou efeitos colaterais.
LIMITAÇÕES
Intenso meteorismo intestinal e grande obeso.
TEMPO DE EXAME
Aproximadamente 20 minutos.
PREPARO
Em caráter de urgência, os exames podem ser realizados sem preparo. No entanto, geralmente é necessária a ingestão de água para distensão da bexiga. Na véspera e no dia do exame, evitar massas e gorduras. 1 hora antes do exame, beber 3 copos de água e não urinar. Caso tenha, trazer exame anterior.
ULTRA-SONOGRAFIA DE PRÓSTATA (SUPRAPÚBICA)
SINONÍMIA
Ecografia ou ultra-som de próstata por via abdominal.
INTRODUÇÃO
A ultra-sonografia é um método diagnóstico inócuo e indolor que utiliza equipamentos que emitem ondas sonoras de alta freqüência e captam a energia acústica refletida nas interfaces dos tecidos superficiais e profundos do nosso corpo, transformando-a em imagens. A evolução tecnológica permite atualmente obter imagens com excelente resolução e, através de softwares modernos, realizar não só imagens em terceira dimensão, como também o color Doppler, que permite identificar os vasos, o fluxo no seu interior, calculando a sua velocidade e o seu volume. As sondas utilizadas na emissão das ondas sonoras podem ser de baixa ou alta freqüência visando observar estruturas mais profundas ou superficiais, e as sondas endocavitárias, endovaginal e endoretal, permitem maior sensibilidade para exames ginecológicos e da próstata.
DESCRIÇÃO
O exame é realizado com o paciente deitado podendo ser necessária a mudança de decúbito e o controle da respiração para melhor visualização e resultado. Utiliza-se um gel aquoso para impedir a interposição de ar entre a sonda examinadora e a região a ser examinada.
INDICAÇÕES
Engloba estudo da bexiga, próstata e vesículas seminais. Estimativa do volume prostático, pesquisa de resíduo pós-miccional.
CONTRA-INDICAÇÕES
Não existem contra-indicações para o método ou efeitos colaterais.
TEMPO DE EXAME
Aproximadamente 20 minutos.
PREPARO
Em caráter de urgência, os exames podem ser realizados sem preparo. Para o estudo da bexiga e órgãos pélvicos é necessária a ingestão de água para distensão da bexiga. No estudo da próstata, faz-se a obtenção de imagens com a bexiga cheia e após a micção. 1 hora antes do exame, beber 4 copos de água e não urinar. Caso tenha, trazer exame anterior.
ULTRA-SONOGRAFIA DE PRÓSTATA (TRANSRETAL)
SINONÍMIA
Ecografia ou ultra-som de próstata por via retal.
INTRODUÇÃO
A ultra-sonografia é um método diagnóstico inócuo e indolor que utiliza equipamentos que emitem ondas sonoras de alta freqüência e captam a energia acústica refletida nas interfaces dos tecidos superficiais e profundos do nosso corpo, transformando-a em imagens. A evolução tecnológica permite atualmente obter imagens com excelente resolução e, através de softwares modernos, realizar não só imagens em terceira dimensão, como também o color Doppler, que permite identificar os vasos, o fluxo no seu interior, calculando a sua velocidade e o seu volume. As sondas utilizadas na emissão das ondas sonoras podem ser de baixa ou alta freqüência visando observar estruturas mais profundas ou superficiais, e as sondas endocavitárias, endovaginal e endoretal, permitem maior sensibilidade para exames ginecológicos e da próstata.
DESCRIÇÃO
Os exames endocavitários são realizados com sondas especiais com a devida proteção aos pacientes (preservativos descartáveis que envolvem as sondas).
INDICAÇÕES
Engloba estudo da bexiga, próstata e vesículas seminais. Avaliação do volume e pesquisa de nódulos. Possibilita a realização de biópsia diagnóstica.
CONTRA-INDICAÇÕES
Não existem contra-indicações para o método ou efeitos colaterais.
TEMPO DE EXAME
Aproximadamente 20 minutos.
PREPARO
Em caráter de urgência, os exames podem ser realizados sem preparo. O exame transretal é realizado com a bexiga vazia. No entanto, o estudo da pelve por via abdominal precede este, necessitando da bexiga confortavelmente repleta. Para o exame transretal é necessária a limpeza intestinal. - 2 horas antes do exame, aplicar um supositório de glicerina. Após o efeito laxativo, beber 2 copos de água e não urinar. Caso tenha, trazer exame anterior.
ULTRA-SONOGRAFIA DAS GLÂNDULAS SALIVARES
SINONÍMIA
Ecografia ou ultra-som das glândulas parótidas e/ou submandibulares.
INTRODUÇÃO
A ultra-sonografia é um método diagnóstico Inócuo e indolor que utiliza equipamentos que emitem ondas sonoras de alta freqüência e captam a energia acústica refletida nas interfaces dos tecidos superficiais e profundos do nosso corpo, transformando-a em imagens. A evolução tecnológica permite atualmente obter imagens com excelente resolução e, através de softwares modernos, realizar não só imagens em terceira dimensão, como também o color Doppler, que permite identificar os vasos, o fluxo no seu interior, calculando a sua velocidade e o seu volume. As sondas utilizadas na emissão das ondas sonoras podem ser de baixa ou alta freqüência visando observar estruturas mais profundas ou superficiais, e as sondas endocavitárias, endovaginal e endoretal, permitem maior sensibilidade para exames ginecológicos e da próstata.
DESCRIÇÃO
Utiliza-se um gel aquoso para impedir a interposição de ar entre a sonda examinadora e a região a ser examinada.
INDICAÇÕES
Engloba o estudo da morfologia e textura das glândulas salivares. Diagnóstico de processos inflamatórios difusos, obstrução de ductos, cistos e tumores.
CONTRA-INDICAÇÕES
Não existem contra-indicações para o método ou efeitos colaterais.
LIMITAÇÕES
Não há.
TEMPO DE EXAME
Aproximadamente 20 minutos.
PREPARO
Não há.
Caso tenha, trazer exame anterior.
ULTRA-SONOGRAFIA DE TIREÓIDE
SINONÍMIA
Ecografia ou ultra-som da tireóide.
INTRODUÇÃO
A ultra-sonografia é um método diagnóstico inócuo e indolor que utiliza equipamentos que emitem ondas sonoras de alta freqüência e captam a energia acústica refletida nas interfaces dos tecidos superficiais e profundos do nosso corpo, transformando-a em imagens. A evolução tecnológica permite atualmente obter imagens com excelente resolução e, através de softwares modernos, realizar não só imagens em terceira dimensão, como também o color Doppler, que permite identificar os vasos, o fluxo no seu interior, calculando a sua velocidade e o seu volume. As sondas utilizadas na emissão das ondas sonoras podem ser de baixa ou alta freqüência visando observar estruturas mais profundas ou superficiais, e as sondas endocavitárias, endovaginal e endoretal, permitem maior sensibilidade para exames ginecológicos e da próstata.
DESCRIÇÃO
Utiliza-se um gel aquoso para impedir a interposição de ar entre a sonda examinadora e a região a ser examinada.
INDICAÇÕES
Engloba a avaliação da morfologia e volume da glândula. Estudo do parênquima, identificação e caracterização dos nódulos.
CONTRA-INDICAÇÕES
Não existem contra-indicações para o método ou efeitos colaterais.
LIMITAÇÕES
Não há.
TEMPO DE EXAME
Aproximadamente 20 minutos.
PREPARO
Não há.
Caso tenha, trazer exame anterior.
ULTRA-SONOGRAFIA DE PARATIREÓIDE
SINONÍMIA
Ecografia ou ultra-som da paratireóide.
INTRODUÇÃO
A ultra-sonografia é um método diagnóstico inócuo e indolor que utiliza equipamentos que emitem ondas sonoras de alta freqüência e captam a energia acústica refletida nas interfaces dos tecidos superficiais e profundos do nosso corpo, transformando-a em imagens. A evolução tecnológica permite atualmente obter imagens com excelente resolução e, através de softwares modernos, realizar não só imagens em terceira dimensão, como também o color Doppler, que permite identificar os vasos, o fluxo no seu interior, calculando a sua velocidade e o seu volume. As sondas utilizadas na emissão das ondas sonoras podem ser de baixa ou alta freqüência visando observar estruturas mais profundas ou superficiais, e as sondas endocavitárias, endovaginal e endoretal, permitem maior sensibilidade para exames ginecológicos e da próstata.
DESCRIÇÃO
Utiliza-se um gel aquoso para impedir a interposição de ar entre a sonda examinadora e a região a ser examinada.
INDICAÇÕES
Engloba a avaliação da morfologia e volume da glândula. Estudo do parênquima, identificação e caracterização dos nódulos.
CONTRA-INDICAÇÕES
Não existem contra-indicações para o método ou efeitos colaterais.
LIMITAÇÕES
Não há.
TEMPO DE EXAME
Aproximadamente 20 minutos.
PREPARO
Não há.
Caso tenha, trazer exame anterior.
ULTRA-SONOGRAFIA DAS MAMAS
SINONÍMIA
Ecografia ou ultra-som da mama.
INTRODUÇÃO
A ultra-sonografia é um método diagnóstico inócuo e indolor que utiliza equipamentos que emitem ondas sonoras de alta freqüência e captam a energia acústica refletida nas interfaces dos tecidos superficiais e profundos do nosso corpo, transformando-a em imagens. A evolução tecnológica permite atualmente obter imagens com excelente resolução e, através de softwares modernos, realizar não só imagens em terceira dimensão, como também o color Doppler, que permite identificar os vasos, o fluxo no seu interior, calculando a sua velocidade e o seu volume. As sondas utilizadas na emissão das ondas sonoras podem ser de baixa ou alta freqüência visando observar estruturas mais profundas ou superficiais, e as sondas endocavitárias, endovaginal e endoretal, permitem maior sensibilidade para exames ginecológicos e da próstata.
DESCRIÇÃO
Utiliza-se um gel aquoso para impedir a interposição de ar entre a sonda examinadora e a região a ser examinada.
INDICAÇÕES
De preferência deve complementar o estudo mamográfico em mulheres acima dos 35 anos e o exame clínico de pacientes jovens. Avaliação de nódulos palpáveis e não papáveis para diferenciação de cistos ou tumores, avaliação de próteses.
CONTRA-INDICAÇÕES
Não existem contra-indicações para o método ou efeitos colaterais.
LIMITAÇÕES
Não há.
TEMPO DE EXAME
Aproximadamente 20 minutos.
PREPARO
Não há.
Caso tenha, trazer exame anterior.
ULTRA-SONOGRAFIA DO PÊNIS
SINONÍMIA
Ecografia ou ultra-som peniano ou dos corpos cavernosos.
INTRODUÇÃO
A ultra-sonografia é um método diagnóstico inócuo e indolor que utiliza equipamentos que emitem ondas sonoras de alta freqüência e captam a energia acústica refletida nas interfaces dos tecidos superficiais e profundos do nosso corpo, transformando-a em imagens. A evolução tecnológica permite atualmente obter imagens com excelente resolução e, através de softwares modernos, realizar não só imagens em terceira dimensão, como também o color Doppler, que permite identificar os vasos, o fluxo no seu interior, calculando a sua velocidade e o seu volume. As sondas utilizadas na emissão das ondas sonoras podem ser de baixa ou alta freqüência visando observar estruturas mais profundas ou superficiais, e as sondas endocavitárias, endovaginal e endoretal, permitem maior sensibilidade para exames ginecológicos e da próstata.
DESCRIÇÃO
Utiliza-se um gel aquoso para impedir a interposição de ar entre a sonda examinadora e a região a ser examinada.
INDICAÇÕES
O exame permite avaliar anatomicamente o órgão. Identificação de placas fibrosas ou calcificações (Doença de Peyronie). O estudo com color Doppler é realizado para avaliar disfunção erétil, para tal é necessária a injeção de fármaco (prostaglandina) para se realizar o estudo das artérias nos corpos cavernosos.
CONTRA-INDICAÇÕES
Não existem contra-indicações para o método ou efeitos colaterais.
LIMITAÇÕES
Não há.
TEMPO DE EXAME
Aproximadamente 20 minutos.
PREPARO
Não há.
Caso tenha, trazer exame anterior.
ULTRA-SONOGRAFIA DA BOLSA ESCROTAL
SINONÍMIA
Ecografia ou ultra-som dos testículos e dos cordões espermáticos.
INTRODUÇÃO
A ultra-sonografia é um método diagnóstico inócuo e indolor que utiliza equipamentos que emitem ondas sonoras de alta freqüência e captam a energia acústica refletida nas interfaces dos tecidos superficiais e profundos do nosso corpo, transformando-a em imagens. A evolução tecnológica permite atualmente obter imagens com excelente resolução e, através de softwares modernos, realizar não só imagens em terceira dimensão, como também o color Doppler, que permite identificar os vasos, o fluxo no seu interior, calculando a sua velocidade e o seu volume. As sondas utilizadas na emissão das ondas sonoras podem ser de baixa ou alta freqüência visando observar estruturas mais profundas ou superficiais, e as sondas endocavitárias, endovaginal e endoretal, permitem maior sensibilidade para exames ginecológicos e da próstata.
DESCRIÇÃO
Utiliza-se um gel aquoso para impedir a interposição de ar entre a sonda examinadora e a região a ser examinada.
INDICAÇÕES
Engloba o estudo dos testículos e epidídimos e da bolsa escrotal. Avaliação morfológica, diagnóstico de orquites, epididimites, cistos e tumores, varicocele e hidrocele.
CONTRA-INDICAÇÕES
Não existem contra-indicações para o método ou efeitos colaterais.
LIMITAÇÕES
Não há.
TEMPO DE EXAME
Aproximadamente 20 minutos.
PREPARO
Não há.
Caso tenha, trazer exame anterior.