sábado, 19 de setembro de 2009

***** ÚLCERAS E ESTENOSES *****

A incidência de úlceras ou estenoses da gastrojejunostomia tem sido relatadas de 5% a 20% 14,16, 20 . A maioria dos autores acredita que a patogênese das úlceras anastomóticas seja mulifatorial, eis que haveria a combinação de fatores como preservação de secreção ácida, tensão da anastomose, fatores isquêmicos, uso de anti-inflamatórios.

O tratamento das ulcerações inclui o uso de inibidores de bomba de prótons e/ ou sucralfate, evitando-se o uso de anti-inflamatórios e erradicação do H.pylori 18 (figura 5).




Hemorragia digestiva é evento raro nestes pacientes 2,10 e devem ser avaliados da mesma maneira que pacientes não operados, considerando no entanto as alterações anatômicas existentes.

Todos os segmentos são passíveis de avaliação e tratamento endoscópico (os segmentos mais distais podem necessitar instrumentos mais longos (colonoscópio pediátrico ou enteroscópio). Em raras situações, a angiografia intervencionista pode ser necessária.

Caso identifique-se estenose esta deve ser tratada por dilatação endoscópica em período não inferior a 30 dias após a cirurgia (pelo risco de deiscência, a avaliação deve ser cuidadosa).

A estenose é complicação bem conhecida no pós-operatório das cirurgias gástricas, sendo encontrada em até 19 % nas cirurgias bariátricas restritivas 19 . A dilatação endoscópica apresenta índices de sucesso muito bons e a literatura demonstra resultados duradouros mesmo após uma simples sessão,podendo ser necessárias várias sessões em intervalos variados.

No período compreendido entre janeiro de 2002 e setembro de 2003 tivemos oportunidade de tratar 22 pacientes submetidos a by-pass gástrico e que desenvolveram estenose da anastomose. Utilizamos velas de Savary , balões e também debridamento endoscópico cirúrgico com “ needle knife ”

Tivemos como complicação, dois casos de perfuração tratadas por via laparoscópica (sutura e drenagem) tendo evoluído satisfatoriamente. Uma destas pacientes retornou para nova sessão de dilatação. Todos os pacientes encontram-se assintomáticos até a presente data (março de 2005). 1,3, 8,9,17 (figuras 6, 7, 8, 9, 10.










Pacientes submetidos a cirurgia restritiva como a gastroplastia vertical com banda também podem apresentar náuseas e vômitos secundários à estenoses, erosão da banda restritiva ou anel e aumento do refluxo gastroesofageano. O tratamento vai depender da etiologia dos sintomas. A dilatação endoscópica não será útil nestes casos.