sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A cirurgia para tratamento da obesidade é utilizada há quase 50 anos !!!

A cirurgia para tratamento da obesidade é utilizada há quase 50 anos. A partir de então, passaram a predominar os procedimentos que limitam a ingestão de alimentos, seja pela simples restrição da capacidade do estômago, seja por sua divisão e anastomose.

O tratamento cirúrgico da obesidade é justificado somente quando houver riscos de permanecer obeso, seja em curto e longo prazo, da cirurgia bariátrica. Os critérios incluem: índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 40kg/m² ou acima de 35kg/m² associado a comorbidades que possam ser reduzidas com a perda de peso; várias tentativas de perda de peso sem resultado e condições psicológicas para cumprir a orientação no pós-operatório, o que deve ser avaliado com a ajuda de um psicólogo.

A conclusão da cirurgia não finaliza o tratamento da obesidade, pelo contrário, é o início de um período de um a dois anos de mudanças comportamentais, alimentares e de exercícios, com monitoração regular de uma equipe multidisciplinar de profissionais da saúde.

Conheça as técnicas de cirurgia de obesidade:

Banda gástrica: Um anel de silicone é colocado em volta do estômago, dividindo o órgão em dois. A parte superior fica do tamanho de uma xícara de café. Quando é completada com alimento, ativa os centros nervosos que controlam a saciedade. Esse procedimento pode ser feito por meio de um corte do abdômen ou por laparoscopia, método feito a partir de pequenos cortes no abdômen e com o auxilia de uma câmera. Como você só consegue engolir uma porção muito pequena de comida, pode desenvolver problemas de nutrição e precisar ingerir vitaminas. As cirurgias restritivas fazem o seu estômago se tornar menor. Com isso, você se sente saciado mais rapidamente. Isso significa que você precisará fazer grandes mudanças na forma de se alimentar, incluindo porções menores.



Bypass gástrico: faz o estômago se tornar menor e não deixa que a comida passe por parte do intestino. Você se sente saciado mais rapidamente do que quando o estômago estava em seu tamanho original. Por isso come menos. Além disso, parte das calorias não é absorvida pelo intestino. O estômago é ligado ao íleo, impedindo que a comida passe pelo duodeno e o jejuno, onde começaria a ser absorvida. É recomendada para pessoas que estejam com o IMC de 40 ou acima disso. A maioria das pessoas que passam pela cirurgia bypass gástrica começa rapidamente a perder peso por 12 meses. Mas até o quarto ano depois da operação, alguns indivíduos ganham parte do peso que perderam. Como ocorre nas demais cirurgias para obesidade, alguns pacientes podem desenvolver pedras na vesícula, anemia e osteoporose. O risco de morrer é bastante pequeno. Pode causar a Síndrome de Dumping, uma doença na qual a comida se move muito rapidamente pelo estômago e pelo intestino. Causa náusea, fraqueza, sensação de desmaio e diarréia logo após as refeições. Parte dos nutrientes ingeridos deixa de ser absorvida depois da cirurgia, como ferro, cálcio, magnésio e vitaminas. Por isso surgem problemas como anemia e osteoporose. Uma dieta programada por um nutricionista e também suplementos alimentares podem evitar isso.



Fobi-capella: Esta operação é o procedimento de by-pass gástrico mais utilizado e de melhores resultados a nível internacional e atualmente vem sendo realizado por vídeo-cirurgia em alguns centros médicos por cirurgiões habilitados apresentando resultados semelhantes aos da técnica aberta, porém com as vantagens maravilhosas da vídeo-cirurgia. Inicialmente, uma pequena bolsa estomacal é criada através do grampeamento ou do banding vertical além da aplicação de um pequeno anel de silicone o que irá causar uma restrição na ingestão de alimentos. A seguir, uma seção do intestino delgado em forma de “y” com a alça alimentar medindo entre 1,0m e 1,5m” ( a alça bílio-pancreática medindo até 3,20m segundo Dr. Paulo Maciel) é fixado à bolsa para permitir que os alimentos passem ao intestino delgado sem passar no duodeno e primeiras porções do intestino delgado provocando uma absorção reduzida das calorias e nutrientes



Scopinaro: nesta cirurgia, o estômago é grampeado e seu tamanho é reduzido em 60% a 70%. O duodeno e o jejuno são isolados, e a comida só entra em contato com o suco pancreático no fim do íleo, já bem próximo do intestino grosso. Esse desvio provoca uma má absorção, ainda maior ainda do que na técnica do bypass. É indicada para quem está com um IMC de 50 ou acima desse patamar. A técnica de Scopinaro é bastante eficiente. As pessoas operadas perdem de 75% a 80% do excesso de peso e mantém isso.Como ocorre nas demais cirurgias para obesidade, alguns pacientes podem desenvolver pedras na vesícula, anemia e osteoporose. O risco de morrer é bastante pequeno. Pode causar a Síndrome de Dumping, uma doença na qual a comida se move muito rapidamente pelo estômago e pelo intestino. Causa náusea, fraqueza, sensação de desmaio e diarréia logo após as refeições. A duodeno switch ou técnica de Scopinaro é bastante complexa e só deve ser feita por um cirurgião bastante experiente.



Balão Intra-Gástrico: Uma alternativa ao tratamento cirúrgico e clínico da obesidade é o método endoscópico da colocação de um balão intra-gástrico (dentro do estômago). Por meio de endoscopia coloca-se um balão de silicone com cerca de 600ml de líquido dentro do estômago. Em nenhum lugar do mundo, essa técnica é utilizada como método definitivo de tratamento da obesidade mórbida já que sua utilização é temporária. Em virtude da presença do balão no estômago, é necessário menor quantidade de comida para que o indivíduo sinta saciedade. Não necessita de cirurgia nem anestesia, resultando em recuperação muito rápida. Em caso de desconforto severo pode ser prontamente retirado. Pode servir como uma experiência para o paciente que tem dúvida de como se comportaria com uma cirurgia. Não é um método recomendado como tratamento definitivo da obesidade mórbida, pois tem duração de tratamento de seis meses, tempo após o qual precisa ser obrigatoriamente removido. Geralmente esse período não é suficiente para que o indivíduo emagreça a quantidade que deseja. Pode ser aplicado como alternativa para reduzir o risco das cirurgias e preparo para o procedimento já que, com a redução do peso haverá também melhora das comorbidades. Estimativa de emagrecimento de 10% a 15% do peso.