As fístulas pós operatórias são consideradas as complicações mais graves desta cirurgia, em série da literatura ocorreram em 2.6% de pacientes operados 6 .
Nos pacientes em bom estado nutricional, em que as fístulas apresentam-se adequadamente drenadas,o tratamento endoscópico pode contribuir para o seu fechamento (injeção de selante de fibrina e cola derivado do ácido cianoacrílico e também utilização de injeção de matriz acelular derivada da sub-mucosa porcina que estimularia a cicatrização dos tecidos 12,21 .
Na erosão do anel de silicone para a luz gástrica (utilizado por alguns cirurgiões autores para otimizar a perda de peso e sua manutenção) apesar da chance de migração espontânea quando este erosa a parede para a luz gástrica, a maioria dos autores recomenda a remoção endoscópica como melhor opção (secção e remoção do anel preferentemente com instrumento de duplo canal) 4,5 (figura 10)
No deslizamento do anel a conduta é cirúrgica, com sua remoção. O procedimento endoscópico pode ser utilizado no diagnóstico
Outras complicações da cirurgia bariátrica são a síndrome de dumping, as hérnias internas e a colelitíase, cujo manejo é abordado em outro capítulo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
O profissional da área de endoscopia pode deparar-se em algum momento com pacientes que vão se submeter ou mesmo já submetidos á cirurgia bariátrica e que necessitem de sua intervenção. Deve portanto se familiarizar com este “novo”paciente e conhecer as possíveis complicações da cirurgia bariátrica.
A unidade endoscópica deve dispor de estrutura, equipamento e acessórios necessários para atender o obeso e superobeso (fluoroscopia se houver necessidade de dilatação endoscópica).
O caráter pouco invasivo dos procedimentos endoscópicos indica que maior proximidade deva se estabelecer á cirurgia bariátrica, especialmente em relação ao tratamento das eventuais complicações.
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