terça-feira, 15 de setembro de 2009

OBESIDADE - CIRURGIA BARIÁTRICA - O PAPEL DA ENDOSCOPIA DIGESTIVA

A popularização da cirurgia bariátrica introduziu nos Serviços de Endoscopia um novo tipo de paciente: o obeso e o superobeso.

Em 1991 o NIH (National Institut of Health) propôs em conferência nacional de consenso, um sistema de classificação baseado no índice de massa corporal (IMC : peso em kg dividido pela altura em m 2 ). Pacientes com IMC entre 25,0 e 29,9 seriam aqueles com sobrepeso e com mais de 30 kg/m 2 obesos. A obesidade se classificaria ainda em alto risco ou classe I ( IMC de 30- 34.9 kg/m 2 ), risco muito alto ou classe II (IMC de 35-39.9 kg/m 2 ) e risco extremo ou classe III (IMC 40 kg/m 2 ou mais ) 13 .

Os pacientes obesos apresentam risco aumentado de hipertensão arterial, diabete, doenças pulmonares, hiperlipidemia, cardiomiopatia, doenças malignas, artrites, apnéia do sono e distúrbios psicológicos.

As doenças associadas ou agravadas pela obesidade severa (IMC acima de 30 ou classe I) determinam índices de mortalidade assustadores. É fundamental a familiarização do médico com estes pacientes, levando em consideração a comorbidade.

Introduzida em 1950, a cirurgia bariátrica teve significativa evolução até nossos dias e, embora, existam múltiplas técnicas, dois princípios são respeitados (em combinação ou isoladamente) quais sejam, de restrição e de má absorção
Exemplos de cirurgia restritiva são a colocação de banda gástrica e e gastroplastia vertical com banda (figura 1 e 2). O by-pass gástrico em Y de Roux com interposição de alça jejunal entre as câmaras gástricas é exemplo de cirurgia de má absorção seletiva (figura 3). Outra modalidade cirúrgica é a diversão bilio-pancreática (figura 4). O by-pass gástrico é a tecnica utilizada em nosso meio, portanto sendo a mais encontrada pelos endoscopistas. Os comentários que faremos em relação às complicações (em especial as estenoses) referem-se em sua grande maioria a este grupo de pacientes.






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